TRUPE D’LÍRIO CHAMA ATENÇÃO EM TAUBATÉ



Por Maria Marques

A Trupe D’Lírio é um grupo de teatro independente, criado no ano de 2022, após se conhecerem em aulas conjuntas com o professor Leandro Augusto no Centro Cultural “Toninho Mendes”, em Taubaté e realizaram recente sua segunda grande apresentação, expondo uma adaptação do livro “O Circo Mecânico Tresalti” de Genevieve Valentine, roteirizado por uma parcela da equipe. Contando com a presença e participação inusitada de Laverte, Marcos Vini, Thereza Vitorino e Giovanna Nogueira. Uma das atrizes é Ananda Helen Galvão, conhecida pelo apelido de Paçoka, atuando como Ying, ela conta sobre as emoções da carreira: “poder estar no palco, ver a cara das pessoas de alegria ou surpresa, principalmente com crianças, porque elas ficam deslumbradas com você, com o que você está fazendo e inspiram você”.

Um dos criadores, diretores, roteiristas e ator é Stanley Campos, um jovem de 22 anos, que atuando como “Boss”, uma personagem que tem o dom de salvar substituindo partes de corpo dos sobreviventes por partes mecânicas, traz também o conceito da arte, no geral, além da circense, como refúgio ou solução para o cenário conflitante, no qual os personagens estão inseridos. A peça, com indicação etária para acima de 16 anos, traz cenas de suicídio explicando sobre empatia ao carregar as dores do outro, que são partes do outro e o quanto isso pesa na própria vida, cenas de luta livre com o intuito de apresentar até onde um ser vai por amor ao que faz e cenas de tortura demonstrando o egoísmo e a ganância com o seu alto nível de prejudicar qualquer um para conquistar o que deseja.

Nos bastidores, temos Nicolas Rogério de Oliveira, um dos produtores do espetáculo, comentando sobre o planejamento para a estrutura: “tudo foi surgindo à medida do necessário, tínhamos equipamentos, agora nessa ultima sessão tivemos equipamentos profissionais que facilitou mais ainda todo projeto”. Considerado pela sua colaboração na criação do nome da equipe, Nicolas nos conta um pouco sobre de onde surgiu sua idéia: “Queria algo que brincasse com o lúdico do teatro ou a fantasia, a maluquice que o teatro tem, e a própria trupe brinca com a palavra lírio, que é uma flor, um pouco mais da doçura, da natureza do teatro”.

Maria Eduarda Gonçalves, uma das expectadoras do enredo, discorre sobre sua experiência: “no teatro você está bem mais imerso do que numa tela”, evidenciando nossa necessidade de vivenciarmos o que o mundo oferece, não apenas participando e atuando, mas também observando e sentindo todas as emoções de uma nova história contada. O grupo se prepara para novas futuras apresentações, levando para além da própria cidade, o conceito de salvação que a cultura pode significar.

Fotos acervo Nicolas Rogério

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