Servidores e professores de Taubaté protestam por melhorias

Professores promovem manifestação por aumento salarial

Isabela Rodrigues
Professores de Taubaté fizeram um ato em frente à prefeitura na quinta-feira (24/03) em protesto por reajuste nos salários e contra a reforma da previdência. Professores eventuais, que pressionam a prefeitura pela contratação efetiva e pela homologação do concurso realizado em dezembro de 2021, também se manifestaram. Os professores eventuais estão substituindo as salas vagas pelos professores temporários demitidos depois da determinação da Justiça. Desde 2020, ao menos 1,4 mil professores em contrato por tempo determinado foram demitidos e as salas ficaram vagas.

O professor Tomás Rodrigues dá aulas de história como eventual na rede municipal de ensino de Taubaté e explica as principais reivindicações da categoria “o protesto ocorreu por uma série de fatores que causam a precarização do trabalho na educação e acabam prejudicando o ensino dos alunos”. Ele ainda acrescenta que os eventuais estão trabalhando com carga horária fixa nas escolas, “os professores estão sendo muito prejudicados com relação ao esquema de eventual fixo, onde trabalhamos como se fossemos professores contratados pela prefeitura, preenchemos obrigatoriamente o diário de classe, fazemos planejamento de aulas, sempre sendo cobrados pela Secretaria de Educação. Temos todas as obrigações burocráticas que um professor que é contratado e que recebe para isso para isso tem, porém não recebemos a quantidade devida para isso.”

No dia 22 de março, a Prefeitura Municipal de Taubaté anunciou o interesse em substituir o convênio firmado com a Funcabes (Fundação Caixa Beneficente dos servidores da UNITAU) por uma Organização Social, o que acabou sendo mais uma pauta da manifestação. De acordo com uma nota publicada pela coordenação pedagógica da Funcabes, no período da tarde do mesmo dia, a fundação foi informada que o convênio continua em vigor e que as atividades continuam normalmente. Túlio Lopes é professor de canto contratado pela Funcabes. A insegurança quanta a estabilidade de emprego indigna o professor, “é um absurdo, nós trabalhamos aguentando turmas enormes, estruturas péssimas e salários horríveis”.

O protesto contou com apoio de Loreny, que foi candidatada a prefeitura nas últimas eleições. “Eu passei a minha campanha no ano de 2020 dizendo ‘coragem pra fazer diferente’ e a maior parte da cidade está tendo coragem no ato de hoje”, afirmou a ex-vereadora. Os professores voltaram a protestar no sábado dia 02 de abril, porém ainda não obtiveram respostas claras da prefeitura.