Educação Inclusiva encontra falta de apoio em Guaratinguetá

Por Lara Batista, 3º JO 

Foto: Lara Batista



 Em setembro de 2020 a nova PNEE (Política Nacional da Educação Especial) definiu que pais de crianças com deficiência têm a opção de matricular seus filhos numa escola de Ensino Regular e que toda a rede de escolas regulares ofereça Educação Especial, ofertando a ajuda de facilitadores, especialistas que auxiliam tanto o professor regular quanto os alunos no processo de inclusão. 

 Na cidade de Guaratinguetá, interior paulista, a educação inclusiva encontrou problemas para se exercer na prática pois a ajuda especialista não chega às salas de aula como deveria. Regiane Fernandes, professora na Escola Municipal Profª Zezé Figueiredo, tem dois alunos irmãos gêmeos neurodiversos e conta que “A cada ano estamos recebendo mais crianças deficientes em sala de aula regular e essas crianças precisam do nosso apoio ao mesmo tempo que nós, professores, precisamos de uma equipe pois sozinhos nosso trabalho pedagógico com todas as crianças é dificultado.”

 Andreza Oliveira, técnica de enfermagem e mãe do Daniel que tem Síndrome de Down e estuda na Escola Municipal Prof Galhardo, relata que só conseguiu uma facilitadora para o filho no 3º ano de seu ensino fundamental, e esta era uma estagiária não-especializada em educação especial. “Acho que a Secretaria de Educação deveria investir mais na especialização dos professores porque tenho certeza que se o Daniel tivesse tido uma facilitadora em tempo integral desde o começo, ele estaria lendo e escrevendo melhor.” A mãe também acredita que o investimento na ajuda desses especialistas traria mais oportunidades para as crianças deficientes. 

 A pedagoga e psicóloga Fernanda Fraga esclarece que “o acompanhamento especializado ajuda a criança à medida que compreende suas potencialidades e dificuldades do aluno em específico, e assim poderá oferecer o serviço que ela precisa.” A especialista também confirma que toda criança deficiente tem direito a estes serviços e está protegida pelas políticas tais como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a própria PNEE. 

 A secretaria da Educação de Guaratinguetá não concedeu nenhuma resposta até o fechamento dessa matéria.