Oncologista alerta sobre riscos do tabagismo durante a pandemia

Por: Liliane Carvalho

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. No mercado nacional e internacional, há uma variedade de itens derivados do tabaco, que podem ser consumidos de várias formas. Todos à base de nicotina, que causa dependência e aumenta o risco de contrair doenças crônicas não transmissíveis (DNCT). 

O 31 de maio é reconhecido como o Dia mundial do combate ao fumo. Criado em 1987 pela Organização mundial da saúde (OMS), tem o intuito de alertar sobre as doenças e as mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Segundo a Organização pan-americana da saúde (OPAS), o consumo de tabaco e seus derivados é o causador de cerca de 8 milhões de indivíduos por ano. “As preocupações com o tabagismo são contínuas. 

É uma situação que ocorre nos países em desenvolvimento e nos subdesenvolvidos. São problemas crônicos e, apesar da incidência do tabaco ter diminuído no Brasil consideravelmente nos últimos 20 anos, ainda é uma situação muito presente. Como é uma droga considerada lícita, o tabagismo passa despercebido, fazendo com que se tenha uma ‘vista grossa’ para o grande dano que pode causar para o fumante ou para os que vivem no entorno dele”, comenta o Prof. Dr. Flávio Luiz Lima Salgado, médico especialista em cirurgia oncológica e docente da disciplina de Oncologia da Universidade de Taubaté (UNITAU). 

O professor ainda esclarece que algumas doenças, além do câncer, podem ser derivadas dessa prática, como doenças vasculares, pulmonares obstrutivas crônicas (asma, bronquite, insuficiência respiratória etc.), que trazem consequências como AVC (acidente vascular cerebral), impotência sexual, aumento no risco de contrair hipertensão, entre outras.

Confira a segunda parte dessa matéria aqui.