Os equipamentos de gravação viraram objetos de rotina para os que se dedicam a gravar vídeos para o Tik Tok
Por Kaic BocalareAnanda de Lucas tem 14 anos e está pronta para gravar. Antes de ligar a câmera do celular, ela escolheu minuciosamente a blusa vermelha e o short preto e caprichou na maquiagem, combinando com o louro da franja, cor de cabelo que está em alta no aplicativo que irá usar. A jovem estudante posiciona o celular no tripé, liga a luz de cena e “ação”! Assim que aperta o botão, ela não pode deixar de fazer expressões, mexer o corpo e sussurrar a letra da música que começa a tocar, mesmo que não entenda o significado. Basta seguir as famosas dancinhas que já estão em alta no Tik Tok, o aplicativo do momento. Ao fim de todo o processo, ela já tem o seu vídeo de um minuto, não sem antes editá-lo – o que, muitas vezes, demora mais do que gravar – e ele está pronto para ser enviado aos seus mais de 20 mil seguidores.
Apesar de conhecer o aplicativo há muitos anos, antes de grande parte do atual público, a jovem tiktoker conta que seu auge de seguidores e curtidas aconteceu após um vídeo, no qual as pessoas podiam enviar aos seus amigos. Em análise feita pelo professor de estudos sobre mídia, Josué de Oliveira Brazil, é dito que o crescimento do Tik Tok está primeiro ligado ao crescimento do uso das redes sociais como um todo e; segundo, por ser basicamente uma plataforma de entretenimento leve e informal.
O tik tok passou de uma rede social com apenas um grupo de famosos, para muitos jovens de diferentes estilos conhecidos pelo público em geral, com igualdade até mesmo na fama.
Apesar do grande público que Ananda tem em seu perfil, ela acredita que o aplicativo pode melhorar em muitos quesitos, entre eles a entrega dos vídeos. Suas visualizações andam muito baixas, causando o conhecido fenômeno do aplicativo: "flopar".
Confira uma entrevista exclusiva com a criadora de conteúdo, Ananda de Lucas, aqui
