De acordo com a Declaração Universal de Direitos Humanos, em seu artigo 7, “Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação”. No entanto, este problema permanece presente na vida das pessoas que frequentam terreiros.
por Ingrid Garcez
Reconhecida como a única religião brasileira, a Umbanda foi fundada pelo médium Zélio Fernandino de Moraes, no dia 15 de novembro de 1908, em Niterói - Rio de Janeiro. A mesma possui o lema “Fé, Amor e Caridade” e sincretiza o catolicismo, espiritismo kardecista e religiosidades africanas e indígenas. Ainda hoje, é um dos principais alvos de intolerância religiosa no Brasil.
Com uma história de obstáculos e desconfianças para se consolidar como a primeira religião criada no Brasil, a prática umbandista já sofreu acusações de curandeirismo e charlatanismo. Tais represálias ficaram no passado, porém, atualmente o preconceito aparece em novas formas, como por exemplo o discurso de ódio disseminado contra a crença. “Acho muito triste ainda hoje as pessoas discriminarem a Umbanda por falta de informação, as pessoas preferem agredir ao invés de conhecer”, afirma a Mãe Idamara D’Oxóssi. A mãe pequena complementa dizendo, “A maioria dos terreiros não tem identificação na porta por receio de vandalismo”.
Para alguns umbandistas, a única forma da Umbanda passar a ser mais aceita seria a partir da sua desmistificação, processo que já vem sendo feito pelos sacerdotes youtubers há alguns anos, por meio das mídias sociais. Já para outros adeptos da religião, o medo de assumir sua religiosidade deveria ser deixado de lado. “Pois aí verão que somos pessoas normais, que trabalham, riem, choram e ajudam”, frisa Mãe Idamara D’Oxóssi.
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