Linha do tempo promove a difusão da temática LGBT

Difusão da temática LGBT e feminista ajuda na desmistificação e ao combate do preconceito. Durante os meses de março e abril uma linha do tempo mostrando as maiores conquistas desses movimentos está exposta no Sesc Taubaté

Por João Rodrigues

O movimento LGBT e feminista vem conquistando várias vitorias nos últimos anos, ainda existem muitos problemas a serem combatidos para que a igualdade seja alcançada, mas alguns avanços acontecem, como por exemplo, nos últimos 10 anos o número de países em que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legalizado praticamente dobrou. A educação é transformadora nesse assunto e esse tema ser debatido é importante para a sociedade de um modo geral.

Está exposta no Sesc Taubaté uma linha do tempo, desenvolvida pelo artista e designer Mauro Taschetto utilizando a técnica Lettering, que conta a história do movimento LGBT e feminista. A obra se inicia no ano de 1200 A.C, no Egito. Diversos pesquisadores e historiadores afirmam que a homossexualidade foi praticada em diversas civilizações ao longo da história.

A obra ainda passa pela índia e império greco-romano e mostra também a trajetória das mulheres na antiguidade greco-romana como na Idade Média cristã, o silêncio da história sobre as mulheres é significativo. As mulheres não podiam aparecer publicamente, a não ser como figurantes mudas ou a título de exceção – as mulheres ‘excepcionais’, heróicas, santas ou escandalosas.

A curadoria e idealização da exposição foi feita por Bruna Bastos, animadora cultural do Sesc, e conta que neste mês a programação vai apresentar o tema Gênero e Sexualidade e dentre as atividades propostas, acontece a exposição Linha do Tempo LGBT e Feminista. “A linha do tempo conta as conquistas feministas e da comunidade LGBT e apresenta passagens sobre o modo como a homossexualidade e o feminino foram compreendidos ao longo da história e por diferentes culturas”.

A difusão desse conteúdo ajuda na conscientização da população e tira o movimento LGBT e feminista das margens da sociedade, como explica o sociólogo e militante LGBT Rômulo Lourenço. “vejo com positivas todas as maneiras de evidenciar os direitos da população LGBT e feminina. As ditas minorias sexuais e de gênero, compõem os setores dos trabalhadores mais explorados da sociedade, pelo motivo da marginalização historicamente construída. Então, quando uma instituição ou movimento expõem nossos direitos conquistados, a duras batalhas, nos ajuda a batalhar contra a marginalização.

Para o artista Mauro Taschetto a obra também foi um desafio, as cinco paredes em que a linha do tempo foi desenhada totalizam 25m. “Esse foi um dos projetos mais desafiadores que já participei, nunca tinha desenhado em uma extensão tão grande” contou o artista.

A origem de qualquer preconceito e intolerância é a falta de conhecimento, como explica o educador Pedro Mara. “ A ignorância, sobre qualquer tema, é a maior inimiga na luta contra o preconceito. Todos têm medo do desconhecido e esse medo que gera esse ódio. A melhor maneira de combater isso é com a educação e a exposição de temas desse tipo em todos os lugares possíveis”