Burrão do Vale até faz boa campanha no campeonato, porém não é suficiente para classificação para a próxima fase. Foco agora e Copa Paulista
Por Léo Nicolini
Há quase três anos, o torcedor taubateano comemorava e gritava “É campeão!” depois de doze anos de seca. No dia 31 de maio de 2015, o Esporte Clube Taubaté foi o vencedor do campeonato paulista série A3 e garantiu a classificação para a série A2, campeonato que disputa até então. Isso mesmo. O torcedor pode ficar tranquilo que o Burro da Central não foi rebaixado em 2018 e continua no torneio.
Mesmo assim, os motivos para comemoração não são tão grandes. O clube lutou por uma possível classificação para as semi-finais do campeonato até a última rodada, porém a colocação entre os quatro melhores não foi possível, não permitindo assim, o acesso a elite do futebol paulista, onde atuam os quatro maiores times do estado.
O Taubaté encerrou sua participação no campeonato no 7° lugar somando 22 pontos, com seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Apenas quatro pontos do 4° colocado. O início até foi animador, com duas vitórias nos dois primeiros jogos, e sem levar gols. Porém, com três derrotas consecutivas, o técnico Alberto Félix foi demitido, e Marcelo Martelotte assumiu o comando da equipe.
O atual treinador apontou que a qualidade dos times da série A2 é uma das principais dificuldades na disputa da competição. “O equilíbrio entre as equipes é muito grande, e a formação do nosso elenco próximo ao início dos jogos também pesou em alguns momentos. Tínhamos condições de fazer uma campanha melhor, porém perdemos pontos nos detalhes”, afirmou o ex-goleiro profissional.
Já entre os torcedores, a sensação foi de que a não utilização dos jogadores da categoria de base fez falta na campanha. “Os garotos da base fizeram uma grande Copa São Paulo de Futebol Júnior, então acredito que se fossem utilizados, poderiam ajudar o time principal”, opinou Vitor Ramos, 19, estudante de Psicologia que compareceu ao estádio Joaquim de Moraes Filho na grande maioria dos jogos.
Os taubateanos, inclusive, podem sim se considerar parte diretamente atuante na disputa da competição. Os torcedores apoiaram a equipe até o fim e acompanharam o clube até quando foram visitantes. É o caso de Rafael Faustino, 21, que assistiu Portuguesa x Taubaté no estádio Doutor Oswaldo Teixeira Duarte, o famoso Canindé, palco de jogos marcantes na história da Lusa, na cidade de São Paulo.
“O time começou bem no campeonato, teve um início animador, porém caiu de rendimento, sofreu alguns resultados ruins e não conseguiu classificar. Mesmo assim, alguns jogadores foram bem, como o Donato, Kleiton Domingues, Flávio Carioca e o Fábio”, destacou o estudante.
E Rafael tem razão. O atacante Flávio Carioca foi um dos artilheiros do torneio, marcando inclusive três gols em uma partida, contra o São Bernardo, então líder. Fábio também mereceu estar na lista dos que se destacaram. O goleiro do Burro da Central fez grandes defesas aos longos dos jogos, salvando a equipe em diversos momentos.
“Fico muito feliz com esse reconhecimento, agradeço ao Taubaté que me abriu as portas e me ajudou a ter uma sequencia de jogos, que é fundamental. Porém, infelizmente a classificação não veio”, disse o goleiro.
A partir de agora, a concentração total é para a disputa da Copa Paulista, torneio disputado no segundo semestre do ano.

