Pesquisadora revela importância da Truta Arco íris

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 Por Débora Shimizu 


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Pesquisadora Yara Aiko Tabata com truta/imagem acervo APTA
Onde e quando você nasceu? 
Pontal-SP, no dia 05/05/1952

Onde reside atualmente? 
Campos do Jordão

Há quanto tempo é formada?
40 anos 

Por que se dedicou a piscicultura? 
Quando me formei em Medicina Veterinária, a piscicultura não era uma atividade comum para os profissionais desta área. Durante a graduação me interessei pela reprodução de grandes animais, pois a inseminação artificial em bovinos naquela época estava em ampla difusão. Contudo, no início da carreira fiz alguns cursos em piscicultura que me motivaram a escolher este ramo das ciências agrárias. 

Há quanto tempo você tem a criação de trutas? 
Eu não tenho criação de trutas. Eu trabalho como pesquisadora científica, sediada na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Campos do Jordão. Esta Unidade de Pesquisa pertence à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), que por sua vez é subordinada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo.

Qual foi a experiência mais marcante da sua carreira como pesquisadora? 
Houve muitos momentos que foram marcantes na minha vida profissional, entre os quais:
1) quando fui homenageada pelo pesquisador Prof. Dr. Claudio G. Froehlich, da USP de Ribeirão Preto, que batizou com meu nome uma nova espécie (Anacroneuria tabatae, Zootaxa 2365: 55-68, 2010), da fauna aquática, descoberta por ele nos rios da serra da Mantiqueira; 
2) publicação de revista comemorativa dos 50 anos de atividade desta Unidade de pesquisa, fato que demonstra o reconhecimento do trabalho realizado pela nossa equipe tanto pelos usuários da nossa pesquisa, quanto pelos dirigentes da nossa instituição

Em qual área trabalha atualmente? 
Piscicultura, Truticultura, Reprodução. 

Há quanto tempo trabalha nessa área? 
Desde que ingressei no Instituto de Pesca, em 1976. Mas, minha especialização em reprodução foi reforçada pelos cursos de Pós-graduação em Reprodução Animal que conclui em 1995, na USP em São Paulo e de Doutorado, em Genética concluído em 2004, na Unesp de Botucatu.

Em que ano e em qual instituição se formou? 
Sou formada em Medicina Veterinária, no ano de 1975, na Unesp, Campus de Jaboticabal. 

Em qual época do ano você mais trabalha e por que? 
Em nossa unidade de pesquisa as atividades são mais intensas no inverno, devido ao período reprodutivo da truta. A nossa unidade produz e comercializa ovos embrionados e alevinos de truta aos truticultores. 

Qual a importância do trabalho de pesquisa para os consumidores de truta? 
As pesquisas relacionadas com o controle da maturação sexual promovem a melhoria da produtividade e da qualidade da truta, beneficiando deste modo tanto os produtores quanto os consumidores da truta. 


Vista de cima da estação de pesquisa localizada no Horto Florestal
 de Campos do Jordão/ imagem Marcos Guilherme Rigolino  
Qual a importância do estudo de peixes para o cotidiano das pessoas? 
Os peixes são alimento de excelente qualidade nutricional e seu consumo cresce a cada dia. As pesquisas contribuem para melhorar a qualidade e proporcionar o aumento da oferta de pescado, diminuindo desse modo os preços praticados no comércio, tornando esse alimento mais acessível pela população. 

Qual sua principal descoberta fazendo pesquisas? 
Não me considero autora de uma nova “descoberta”. É provável que nossa pesquisa tenha contribuído para avançar mais um passo nos temas estudados. Na pesquisa, cada nova descoberta se baseia em conhecimentos acumulados por muitos anos. 

O governo colabora de alguma forma com a pesquisa cientifica? 
A Apta é uma instituição de pesquisa que pertence ao governo do Estado de São Paulo, portanto o governo é diretamente responsável pelo pagamento dos salários dos servidores e, indiretamente, através das fundações contribuem para financiar alguns projetos de pesquisa. 

Como você acha que está a atividade de piscicultura atualmente? 
A piscicultura é um dos setores de produção de alimentos que mais cresce no mundo e esta realidade também ocorre no Brasil. 

Qual seu campo de estudo? 
Dentro da piscicultura, minha atuação é voltada para pesquisa aplicada em técnicas de controle da sexualidade em truta arco-íris. 

Você trabalha com alguma equipe de pesquisadores? 
Sim. São pesquisadores de diferentes instituições e áreas de especialização, que se aglutinam para realização de cada projeto de pesquisa. Isto é, a equipe é formada de acordo com os objetivos da pesquisa. 

Quais são os principais pontos positivos e negativos de trabalhar nessa área? 
Pontos positivos: o conhecimento não tem fronteiras e com as novas tecnologias (internet) as informações estão cada vez mais rapidamente disponíveis; saber que os resultados das pesquisas desenvolvidas estão sendo úteis para os produtores; poder contribuir para alterar de forma positiva o setor no qual você está inserido; Pontos negativos: dificuldades decorrentes da burocracia do setor público; falta de reposição de funcionários; 

Existe acompanhamento da atividade de pesquisa? 
Através de relatórios técnicos e de avaliação periódica por uma comissão que avalia a carreira de pesquisadores científicos. 

De onde seus peixes vêm? 
A truta arco-íris, Oncorhynchus mikyss, espécie estudada nesta unidade de pesquisa, é originária da costa oeste da América do Norte. Mas, os estoques existentes nesta unidade são mantidos por reprodução artificial há muitas gerações. 

Qual atividade você faz rotineiramente no seu trabalho? 
Ocupo o cargo de Chefia Técnica da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Campos do Jordão. É minha responsabilidade assegurar o bom andamento das atividades tanto da pesquisa quanto da difusão das tecnologias empregadas no cultivo da truta. Como temos pesquisas em diferentes áreas, temos que ter estoques de peixes apropriados para cada projeto e, portanto, faz parte da rotina a geração e a manutenção das diferentes linhagens de truta, para uso nos experimentos. A difusão é feita através de cursos, palestras, atendimentos diretos, e-mails, além da disponibilização aos truticultores de insumos com valor agregado, resultantes dos trabalhos aqui desenvolvidos. 

Você trabalha em Campo ou na área de pesquisa em laboratórios? 
Na nossa unidade não há uma separação física destas atividades. Isto é, nosso campo experimental e laboratório são integrados.