O poeta passional mostra seu talento

Do “Prêmio Campos do Jordão de Literatura” para as livrarias

Pedro Roberto da Silva, nascido em Campos do Jordão em março do ano de 1992, filho único e muito mimado de Sr. Francisco e Dona Vilma. Trabalha como assistente administrativo no Hospital São Camilo e nas horas vagas tem como hobby paraquedismo e principalmente a poesia.
Por Renata de Paulo
Conquistando o Terceiro lugar no “Prêmio Campos do Jordão de Literatura” com o poema “Por Dentro, Pedro descobre que a poesia serviu como porta de entrada para um mundo novo, descobriu que ser diferente não é um problema e sim a solução. Ele acaba de escrever o livro “Fragmentos da Alma em Papel e Tinta”, uma junção de seus poemas antes escondidos.

 De onde vem sua inspiração para escrever?
Pedro Roberto da Silva - Escrevo sobre tudo, mas gosto mesmo de escrever sobre a infância, sobre o passado, acho estranha essa ideia de amadurecimento. “Ontem” mesmo éramos crianças, felizes, sorridentes e de repente cá estamos, cheios de pressa, de responsabilidades, de ganância. Enfim, inspiração é o que não falta.

 Quais os momentos mais difíceis para você?

Pedro Roberto da Silva - Como escritor, são os momentos que eu costumo chamar de “hiato criativo”, ou seja, aqueles dias chatos e quentes nos quais eu tento escrever mas não consigo, parece haver algum tipo de bloqueio cerebral. Como pessoa comum, os piores momentos são sempre os momentos de ansiedade. Sou externamente ansioso.

 Quais as situações engraçadas que você viveu durante a produção do livro?

Pedro Roberto da Silva - Bom, não foram muitas, teve um evento no qual compareci por ocasião de uma premiação, no qual fui de terno, gravata, colete e abotoaduras, todo “emperiquitado” e quando cheguei ao local, me deparei com todos os convidados confortavelmente trajando jeans, camisetas e camisas de algodão, inclusive o prefeito da cidade. Foi bem constrangedor. No mais, a produção do livro foi tranquila.

O que ou quem te inspirou a participar do “Prêmio Campos do Jordão de Literatura?

Pedro Roberto da Silva - Conversei com inúmeras pessoas, incluindo minha namorada Luana, o psicólogo Fábio Freitas, o secretário de cultura da cidade, o Sr. Benilson e a Adriana Harger, poetisa que prefaciou o meu livro e todos me encorajaram a participar de concursos para que o meu trabalho fosse conhecido. O Prêmio Campos do Jordão de Literatura veio a calhar.

Seu livro se chama “Fragmentos da Alma em Papel e Tinta”. Por que esse nome?

Pedro Roberto da Silva - A alma é a nossa essência, nosso “ser” a energia que nos guia, que nos anima. O livro Fragmentos da Alma em Papel e Tinta é uma compilação que escrevi ao longo da vida e depois reescrevi para a publicação. A maior parte dos poemas do livro são melancólicos, tristes e sombrios, pois foram escritos em momentos nos quais eu estava triste e sentia como se minha alma estivesse “em cacos” É um pouco abstrato e criticado por alguns leitores, mas para mim, faz sentido (risos).
De onde veio a inspiração para compor o poema vencedor?

Pedro Roberto da Silva - Foi algo que me veio à cabeça. Lembro-me que no dia em que escrevi o poema “Por dentro” eu estava chateado e saturado. As pessoas vivem a vida de uma forma estranha, elas tentam se manter pelas aparências, hoje em dia é tudo muito visual e superficial, as pessoas querem se vestir bem, querem postar fotos esplêndidas nas redes sociais, querem provar que estão bem, em detrimento do que realmente sentem. Foi então que tive a ideia de colocar a vida no poema como sendo um grande baile de máscaras, no qual as pessoas se importam mais com trajes de gala do que com os seus sentimentos.

No que diz respeito à leitura, o que você acha que pode ser feito para despertar o interesse pela leitura?

Pedro Roberto da Silva - Acho que nada muda o mundo mais do que o exemplo. De nada adianta promovermos campanhas e propagandas de incentivo para que os jovens comecem a ler se, não começarmos dentro de nossas próprias casas. Os pais devem ler com seus filhos, devem narrar ou até encenar uma história, os professores fazem bem quando levam livros para a proposta didática. É incrível a sensação de se desbravar uma história com os seus colegas de classe e depois chegar em casa e contar entusiasmado para a família tudo o que leram. Isso não tem preço! 

VR.Qual é o seu livro de cabeceira?

Pedro Roberto da Silva - Atualmente, Grito de Guerra de Leon Uris.


Qual é o livro da sua vida?

Pedro Roberto da Silva - Acho que “No Bunker de Hitler” de Joachim Fest ou “Sobre a Brevidade da Vida” de Sêneca.
 Qual ramo literário te desperta interesse além da poesia?

Pedro Roberto da Silva - Penso em escrever fantasia ou drama, tenho alguns projetos, mas por enquanto são só meros projetos, perdidos na gaveta.

.Quais são seus planos para o futuro?

Pedro Roberto da Silva - Penso em cursar história ou jornalismo, talvez prestar concursos militares. O futuro não nos pertence, o melhor é não planejar, a vida é um bocado curta para planos, o negócio é Viver!