Fotografias que passam emoções, sensações e fazem os olhos brilharem
O fotógrafo Diego Migotto fala em entrevista para a reportagem do Jo Digital dos desafios da profissão, como iniciou o interesse pelas fotografias e quais os lugares que fotografou no exterior.
Por Flávia do Carmo
O taubateano Diego Migotto, de 27 anos, se formou em Jornalismo pela Universidade de Taubaté – Unitau em 2011, a graduação o ajudou a ter a confirmação de que a profissão que já seguia é a que o tornaria marcante na vida das pessoas. Desde 2008 ele é fotógrafo e registra em retratos momentos importantes de seus clientes.
Vale Repórter: Qual foi o seu primeiro trabalho como fotógrafo?
Diego Migotto: Meu primeiro contato com a fotografia profissional foi fazendo casamentos para empresas que contratavam fotógrafos pra fazer essa cobertura de eventos.
VR: Qual a inspiração para as suas fotografias?
DM: Minhas inspirações vêm do cinema e da arte de grandes pintores, gosto muito da luz do cinema, em alguns trabalhos tento me inspirar nela para reproduzir as fotos.
VR: Qual a característica das suas fotos?
DM: Como fotógrafo eu posso falar que a característica principal das minhas fotos é ter harmonia e passar a verdade, não são fotos simplesmente posadas, montadas, têm sensações quando você vê aquela foto.
VR: Quais os planos profissionais para o futuro?
DM: Montar uma galeria de fotos artísticas para que esses retratos possam ser vendidos como quadros e obras de arte.
VR: Quais os desafios da carreira?
DM: São desafios de como qualquer profissional liberal, nós temos que trabalhar todas as áreas de uma empresa, ou seja, sermos empreendedores para desenvolver o trabalho, na parte de vendas em o nosso próprio marketing, fazer a parte contábil da empresa e executar os trabalhos.
VR: Qual a sua área de trabalho (casamento, festas, eventos sociais)?
DM: De forma geral eu trabalho com eventos sociais focado em casamentos.
VR: Quais os lugares que você já fotografou fora do Brasil?
DM: Já tive a oportunidade de fotografar na Ásia, principalmente na Tailândia, na Europa que foi na Escócia e nos Estados Unidos, na Califórnia.
VR: Qual a sensação de saber que suas fotos vão fazer parte da história de alguém?
DM: Eu costumo dizer que eu sou um contador de histórias através de imagens sou expectador na vida de alguém naquele momento importante. E a pessoa tem que ter plena confiança em mim para que eu conte a história do casamento dela. Quando eu entrego um álbum de casamento costumo dizer que é o álbum da história do casamento de alguém. Então não tem satisfação melhor é um privilégio muito grande fotografar o casamento de alguém.
VR: Você já ganhou algum prêmio?
DM: Eu não busco prêmios fotográficos. Eu já ganhei prêmios, não na área de casamento, mas eu não busco fotografar para ganhar prêmios, por que pra mim o maior prêmio e ter o conhecimento do meu cliente. E a fotografia para ganhar prêmio quem julga hoje são fotógrafos, e se são eles que julgam um prêmio fotográfico, então eu estou fotografando para um outro fotógrafo e não para uma noiva. E no meu dia a dia eu trabalho para noivas e não para fotógrafos, então é elas que eu tenho que agradar. Eu sou um pouco avesso em relação á prêmios até o momento.
VR: Há quanto tempo você ministra workshop de fotografia?
DM: Desde 2012 que foi um pedido de colegas que queriam aprender e comecei a me interessar por ensinar pessoas. Eu sinto um enorme prazer em ensinar pessoas, uma satisfação muito legal de ter o feedback de ver as pessoas aprendendo através do que eu as ensino em poucas horas.
VR: Qual a fotografia que te marcou, seja pela história das pessoas envolvidas ou pelo lugar ou ainda pelas duas coisas?
DM: Foi uma que eu fiz na Escócia num castelo com um casal. Ela principalmente me marcou pela história de todos os envolvidos ali, eram 33 pessoas que foram do Brasil prestigiar aquele casamento na Escócia.
VR: Qual a sua opinião sobre o cenário fotográfico atual?
DM: Ele é bom no ponto de vista que de todas as pessoas têm acesso ao equipamento e podem fotografar. Mas não importa o quão bom o equipamento seja na mão de uma pessoa que não é profissional, não é qualificado para fotografar ele não vai conseguir fazer uma foto bonita. Por que um chefe de cozinha é chefe? Porque ele tem capacitação. Não adianta você ter um fogão de 10 mil reais que ele não vai fazer uma comida boa, quem vai fazer é o cozinheiro. Então a fotografia é da mesma forma. O cenário de fotógrafos nacional está um pouco saturado porque é uma profissão liberal, é fácil você adquirir uma câmera de fotografia, porém para que você se qualifique e tenha clientes é outra etapa, então isso dificulta um pouco. É fácil começar, mas é difícil se manter na profissão.
VR: Qual pessoa ou evento que você sonha em fotografar?
DM: Eu ainda não tenho o sonho de fotografar alguma pessoa, mas eu gostaria de fotografar casamentos pelo mundo mais dos quais eu já fiz, gostaria de continuar tendo a oportunidade de fotografar fora do Brasil em lugares paradisíacos de preferência, que realmente é muito inspirador. Saber que existe essa possibilidade, por mínima que ela seja é o que me mantém ativo para sempre melhorar o que faço.
VR: Um momento marcante da sua carreira?
DM: Foi quando fui convidado para fotografar um casamento fora do Brasil e isso se repetiu por mais algumas vezes, mas o primeiro convite foi marcante.
VR: Uma palavra que define o fotógrafo Diego Migotto
DM: Persistente.
VR: Você se imagina em outra profissão?
DM: Eu sou extremamente empreendedor, então me imaginar em outra profissão é fácil, mas eu jamais me abdicaria da fotografia cem por cento, por mais que eu me dedique em outras áreas seria como empreendedor e não como prestador de serviço. Poderia abrir uma empresa, uma loja, abrir qualquer outra coisa, mas a fotografia acredito que nunca vai sair de dentro de mim.


