Empresário conquista mercado de embalagens no Vale do Paraíba depois de uma juventude de muitas dificuldades
Era um dia longo em meados de 1970, quando o destino de toda uma família estava prestes a mudar. Em uma perua acomodaram-se mãe, filhos, e a mudança que os Silva levariam durante a maior viagem de carro que já tinham feito. O município de Alterosa, em Minas Gerais, localizado às margens do Lago de Furnas, ficava mais vazio neste dia.
Por: Rafaela Donatelli
O mineiro Walter Augusto da Silva, ou ‘Wartinho’ como muitos o conhecem,
deixava sua cidade natal com a mãe e seis de seus oito irmãos em busca
de uma vida melhor. O futuro não era desconhecido para Walter e sua família, pois seus dois irmãos mais velhos – Ezequiel da Silva e Carlos José da Silva – os aguardavam ansiosamente em seu destino final, a cidade grande. Em 1975, ano em que o mineiro chegou a São José dos Campos, o município paulista era opção de muitos itinerantes em busca de esperança, oportunidade de trabalho e uma vida melhor. Os dias não seriam fáceis para eles dali em diante, mas, mesmo assim, o garoto de apenas 11 anos sabia da grandiosidade de estar com a família reunida encarando os desafios de uma nova cidade.
Por: Rafaela Donatelli
Conhecido por seu espírito inquieto e uma esperteza invejável para ajudar a família, o garoto vendia sorvete em dias quentes e no frio dava um jeito de engraxar alguns sapatos, tudo isso para levar uma broa para casa. De muitos empregos e desafios sobreviveu o garoto na época, trabalhando no Ceasa, vendendo queijo na feira, depois óleo de peroba e até se arriscou como corretor de imóveis. Contudo, foi trabalhando em um supermercado que Walter encontrou sua verdadeira vocação, como vendedor nato.
O garoto cresceu, conheceu o grande amor de sua vida, casou-se com Sandra Helena e começou sua família, se dedicando a um novo ganha-pão. No inicio, Walter vendia embalagens, e sua garra – somada ao seu espírito empreendedor – fizeram com que o mineiro decidisse abrir seu próprio negócio. Em 1988, nascia a empresa WS Embalagens e, a partir daí, vieram os desafios em estruturar o empreendimento.
No início da empresa, Walter e Sandra mal podiam descansar, não havia finais de semana livres e o trabalho era sempre a maior preocupação do casal, além de cuidar dos filhos pequenos – Renan, Arthur e Karina, que cresceram brincando em meio as caixas e embalagens que eram guardadas no quintal de casa. Muitas vezes, os pais tiveram que deixar os filhos aos cuidados de outras pessoas para irem trabalhar, pois esse era o único jeito, e alguns dias as crianças os acompanham na firma e brincavam por lá.
A firma cresceu e o casal nunca deixou de trabalhar, dia após dia foram construindo o patrimônio e conquistaram a maior loja de embalagens com variedade na região. Com a experiência adquirida, Walter costuma dizer que tudo na vida acontece para um aprendizado e foi em um acidente que ele pode perceber o quão frágil uma pessoa pode ficar diante das circunstâncias. Certa ocasião, todos os materiais descartáveis que eram distribuídos para as lojas ficavam no antigo depósito da empresa e foi nesse local que um incêndio tomou conta de todos os produtos. Mais uma vez, o mineiro precisou ser forte e encarar a tragédia como parte do processo. Não foi fácil, mas junto com a esposa conseguiram se reerguer e dar continuidade ao que a empresa se tornou atualmente.
O empresário que hoje consegue administrar grande parte dos seus afazeres e conciliar trabalho e família diz que os dias para ele não faziam diferença. “Não existia sábado ou domingo, todos os dias eram dias de serviço”. O homem que não para, está sempre para lá e para cá, resolvendo problemas e caminhando com a chave pendurada na fivela do cinto. Simplicidade e caridade são seus sobrenomes e, quem o conhece, sabe que não é possível ficar cinco minutos conversando com seu Walter sem dar risada. O jeito mineiro de contar histórias e de falar com as mãos está presente em cada conversa.
Analisando o panorama econômico no Brasil e a dificuldade de muitos empreendedores, o empresário agradece muito por tudo que conseguiu conquistar e diz que a situação o assusta e são tempos de alerta. Como precisa estar sempre à frente das decisões que serão melhores para todos que estão sob seu comando, sua maior dificuldade é conciliar todas as etapas administrativas que uma empresa requer e lidar com o sistema brasileiro que oscila em diversas mudanças para os empresários. “Tenho o apoio de muitas pessoas, minha esposa que cuida da nossa empresa, meus funcionários, amigos e todos que ajudam a construir nossa trajetória”, garante o mineiro.
Aos filhos, Walter declara todo seu amor e oferece o maior apoio e suporte que um pai poderia oferecer. Para Renan, Arthur e Karina, ele é mais que um herói, ele é o guerreiro que lutou e ainda luta para oferecer tudo àquilo que não teve aos filhos. Ainda muito cedo, o mineiro de Alterosa perdeu o pai para o mundo, que abandonou a mulher Maria Augusta da Silva e os nove filhos do casal. Como um dos filhos mais novos, Walter cresceu com os irmãos e viu a garra de sua mãe para manter a família sozinha. Foi assim que o garoto cresceu, e prometeu para si mesmo que seria diferente.
Analisando o panorama econômico no Brasil e a dificuldade de muitos empreendedores, o empresário agradece muito por tudo que conseguiu conquistar e diz que a situação o assusta e são tempos de alerta. Como precisa estar sempre à frente das decisões que serão melhores para todos que estão sob seu comando, sua maior dificuldade é conciliar todas as etapas administrativas que uma empresa requer e lidar com o sistema brasileiro que oscila em diversas mudanças para os empresários. “Tenho o apoio de muitas pessoas, minha esposa que cuida da nossa empresa, meus funcionários, amigos e todos que ajudam a construir nossa trajetória”, garante o mineiro.
Aos filhos, Walter declara todo seu amor e oferece o maior apoio e suporte que um pai poderia oferecer. Para Renan, Arthur e Karina, ele é mais que um herói, ele é o guerreiro que lutou e ainda luta para oferecer tudo àquilo que não teve aos filhos. Ainda muito cedo, o mineiro de Alterosa perdeu o pai para o mundo, que abandonou a mulher Maria Augusta da Silva e os nove filhos do casal. Como um dos filhos mais novos, Walter cresceu com os irmãos e viu a garra de sua mãe para manter a família sozinha. Foi assim que o garoto cresceu, e prometeu para si mesmo que seria diferente.
O empresário e pai de família ainda sente falta da época de criança, não dos tempos difíceis que viveu, mas sim de suas origens. De ouvir o galo cantar ao amanhecer, de tomar leite fresco direto da vaca, de cavalgar e estar em contato com a natureza. A vida em São José dos Campos lhe proporcionou tudo que tem e ele não poderia ser mais grato a essa cidade, mas a calmaria e a volta ao passado Walter encontra junto à natureza, em uma pequena cidade onde hoje ele passa o tempo livre em seu sítio, descansando aos finais de semana e voltando às raízes de sua cidade natal.


