Débora Gobbo começou a ser auxiliar de catequista com 14 anos e com 16 anos teve sua primeira turma de catequese
“Quando eu entrei na sala e vi as crianças, que estavam me olhando, pensei meu Deus, o que eu estou fazendo?”, lembrou Débora Vanessa Gobbo de quando começou a dar catequese. O mais difícil foi conseguir superar a timidez, mas ela afirma que Deus deu força para que conseguisse seguir com seu sonho de ser catequista.
Por: Flávia Oliveira
Por: Flávia Oliveira
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| Débora Gobbo tornou-se auxiliar de catequista aos 14 anos |
De família católica, Débora nasceu em Taubaté, no dia 20 de setembro de 1995. Ela não tinha o costume de ir sempre à Igreja, preferia reza em casa, a partir dos livros de oração de seus pais Ivone e Fioravante Gobbo. Contudo, sua tia Ana Silvia sempre a incentivava para que fosse a catequese e dessa maneira ficasse mais próxima de Deus.
Com 12 anos, entrou na catequese, na Paróquia Vila das Graças, em Taubaté, e conheceu Liliane, sua primeira catequista, uma mulher que fazia aquilo que gostava com muita dedicação e carinho e fez com que Débora começasse a gostar de ir à catequese e frequentar a missa.
“Seis meses depois eu fiz a primeira Eucaristia e continuei na catequese”, ressaltou. Nessa nova etapa, seu catequista foi o Claudio, que falava com tanto carinho de Deus, que começou a inspirá-la a seguir o mesmo caminho dedicado a catequizar as pessoas.
Quando estava próximo o dia da Crisma, Débora foi questionada por Claudio sobre o que gostaria de fazer e ela respondeu com confiança que queria ser “catequista, mas isso quando adulta”, pois, na época, tinha 14 anos.
Com alegria, ela conta que uma semana depois recebeu o “melhor convite de sua vida”, o catequista Claudio a convidou para ser catequista auxiliar dos “pequenos”, como chamam as crianças que iniciam a catequese. Mesmo com medo da responsabilidade, Débora respondeu que sim.
Ela crismou no sábado, dia 16 de outubro de 2010, e no dia seguinte, domingo, já começou como auxiliar. “Foi maravilhoso poder estar junto com as crianças e falar um pouquinho do amor de Deus por nós”, alegra-se.
Após dois anos como auxiliar de catequese e depois de fazer o curso de catequista teve a sua primeira turma, com crianças de 11 anos. No começo ficou nervosa e tímida, mas logo as crianças a fizeram perceber que era aquilo que realmente queria fazer. “Eles começaram a conversar comigo, nós rimos, e tudo foi dando certo”, afirmou.
A catequese é a educação da fé das pessoas de maneira a ajudá-las a conduzir uma vida cristã. É o primeiro anúncio do Evangelho, ensina as verdades que são encontradas no Credo, além de ensinar os sacramentos, a moral cristã, que é baseada nos dez mandamentos e a espiritualidade existente nas orações. O catecismo é o texto básico para que os catequistas possam ensinar a palavra de Deus.
A primeira turma de catequese de Débora irá receber a Eucaristia em junho e ela não esconde a satisfação de ver a crianças crescendo e aprendendo a amar a Deus. “Não tem nada no mundo que substitua o sorriso de uma criança por você, e ver que ela está seguindo seus passos e quer trabalhar no reino de Deus é maravilhoso”, ressaltou com alegria.
Atualmente, com 20 anos, Débora estuda Sistema da Informação e trabalha em uma loja de informática. “Quando me formar, quero criar um site de busca”, afirmou. Nos dias livres prefere ficar em casa com a família ou se encontrar com os amigos, mas devido a falta de tempo, essa atividade tem se tornado rara. “Sempre que dá tento me encontrar com meus amigos para poder me distrair”, afirmou.
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| A primeira turma de catequese irá receber a Eucaristia em junho |
Mesmo com a rotina corrida, ela arruma tempo para preparar a catequese durante a semana, para poder catequizar as crianças todos os domingos de manhã, na Paróquia Vila das Graças, mesma paróquia em que fez a primeira Eucaristia e crisma.
Além da catequese, Débora também ensaia com as crianças as apresentações da igreja, uma das encenações do mês de maio foi a coroação de Nossa Senhora. “Além de ensaiar para os teatros, eu também danço com as crianças durante as festas que têm na Paróquia”, alegra-se.
Ela conta que foi criando jeito de catequista e todo o material que utiliza foi presente de sua primeira catequista. E afirma com convicção que pretende continuar cada vez mais próxima de Deus e ajudar as crianças a terem essa aproximação. “É uma responsabilidade enorme, mas a satisfação e alegria de poder contribuir para a formação dessas crianças é indescritível”, frisou Débora.


