A Língua de um mestre que fala e educa

Uma energia que reinventa e transborda conhecimento nas aulas tornando os alunos mais confiantes

Com uma postura descontraída e alegre Maurilio Prado Láua , nascido na cidade de Aparecida no ano de 1963 no dia 27 de novembro, pai de duas filhas, filho de José Galvão Láua, e Celeste do Prado Láua , atualmente reside em Guaratinguetá e trabalha como professor e coordenador na Universidade de Taubaté (UNITAU).

Por Pamela Cavalhieri


Conta ele que a comunicação é tudo, pois ele admira o relacionamento entre pessoas, por esse pensamento já desenvolveu várias atividades dentro da área do Jornalismo como autor de livro infantil, diretor de TV, atuou também dentro de empresas de conteúdos impressos, mas encontrou o seu lugar dentro das salas de aula, pois é ali que consegue trocar experiências, conhece histórias, cria laços com pessoas que passa a conviver em seu dia a dia. Como um atraído pela palavra e por tudo que ela carrega e nos traz relata que o aluno precisa de um contato maior e mais presencial uns com os outros deixando seus celulares um pouco de lado, embora isso seja uma tarefa difícil para eles. “A vida comunicativa precisa passar os limites tela.”

Vale Repórter - O que é comunicação pra você?

Maurilio do Prado Láua – Comunicação pra mim é tudo, o homem é comunicador por natureza.

VR- Quando você se descobriu como um comunicador?

Maurilio do Prado Láua – Fiz teatro, tive um grupo de música, pretendia cursar cenografia e seis meses antes do vestibular mudei pra jornalismo, sempre gostei dessa área.

VR- O que pensa sobre ser professor universitário?

Maurilio do Prado Láua- Legal, gosto bastante, da relação com os alunos, eu aprendo muito com eles.

VR- Qual o motivo que mais te atrai na comunicação e na educação?

Maurilio do Prado Láua- Como comunicador é que comunicação é algo muito intenso, e como educador é relação com os alunos, conhecer pessoas, histórias isso mexe muito com gente.

VR- Qual foi o momento que mais te marcou na sua carreira como comunicador e professor?

Maurilio do Prado Láua- Os principais momentos são quando um aluno chega e diz professor o senhor mudou a minha vida. Outro momento foi entregar o diploma de jornalista pra minha filha, e ver o quanto ela me supera como profissional sendo uma recém formada.

VR- Quais as situações mais inusitadas que já viveu como comunicador?

Maurilio do Prado Láua- Vivi muitas experiências chatas, na cobertura de eventos, teve uma vez que o meu editor mudou o enfoque da reportagem que fiz, e isso me prejudicou com a fonte, situações como essas me distanciaram do jornalismo diário, me aproximando das salas de aula.

VR- Como é a rotina de um professor universitário?

Maurilio do Prado Láua- Faz tempo que trabalho como coordenador e professor, assim acaba que tenho pouco tempo pra preparar minhas aulas, a não ser o tempo que estou em casa.

VR- Do que mais se orgulha na sua trajetória?

Maurilio do Prado Láua- Eu já fiz muita coisa interessante, trabalhei na Veja, escrevi livro infantil, tive a minha própria revista, que foi incrível, instalei uma TV no Vale do Paraíba.

VR- O que acha sobre o avanço tecnológico na hora de passar os conhecimentos sobre comunicação aos alunos?

Maurilio do Prado Láua- A função é ajuda, mas está virando a razão da existência, a tecnologia hoje deixa algumas pessoas dependentes dela.

VR- O que você pensa sobre o ensino superior no nosso país?

Maurilio do Prado Láua- Acho fraco, muito pouco tempo pro aluno aprender uma profissão, a teoria deveria estar mais próxima da prática, porém isso não acontece pelas condições que as pessoas vivem atualmente.

VR- Para as pessoas que desejam melhorar a sua capacidade de se comunicar, o que você diria pra elas?

Maurilio do Prado Láua- Assista televisão, ela tem muita coisa boa, é a mina da comunicação, mais primeiramente recupere a relação olho no olho com as pessoas, seja mais espontâneo.

VR- Quando a comunicação que você faz causa ruído como procura resolver?

Maurilio do Prado Láua- Eu retomo o assunto procuro explicar, porque hoje a gente vive no mundo das interpretações tudo depende do entendimento de cada um vai ter.