Jovem acredita que os ensinamentos passados por meio da dança puderam auxiliar em seu desenvolvimento pessoal e cultural
Por Marília Oliveira
A
história é da sonhadora Julia Caroline, 20 anos, de Campos do
Jordão/SP, que ganhou espaço no palco de dança e também no palco da
vida.
Era o sonho de Julia, no início chegou a concorrer e ganhar bolsa de estudo para começar a fazer as aulas de balé em uma escola de dança, mas a mãe ainda não apoiava a ideia. Porém, logo em seguida surgiu a oportunidade de começar a fazer as aulas de balé no projeto municipal de Campos do Jordão, que disponibilizava aulas de danças nas próprias escolas públicas do município. Claro que Julia não poderia deixar a oportunidade passar e conseguiu convencer seus pais a autorizarem sua participação. Foi então que um grande e belíssimo trabalho se iniciava em sua vida. Julia tinha 8 anos quando começou a frequentar as aulas, as quais aconteciam uma vez por semana e não aceitava ter que faltar. Só não passava pela cabeça da pequena menina que essa paixão iria tão longe. A primeira apresentação ainda está gravada em sua memória, não poderia se esquecer de como foi pisar em um grande palco pela primeira vez e lá de cima ver uma grande platéia. Mesmo tão nova, sabia da responsabilidade que teria. Era o momento de lembrar de todos os ensaios, da sequências dos passos e do que a professora havia falado: “Se a coroa cair, continue dançando”. Não tinha como Julia esquecer, sempre muito atenta a todas às aulas, entrou no palco com o seu grupo e fez tudo que tinha aprendido, deixou a música envolver seus passos e a paixão pela dança evolver seu coração. Estava aprendendo a dançar com o corpo e com a alma.
Sua paixão pela dança sempre ficou registrada em sua trajetória, porém após sua primeira recuperação, seu joelho foi novamente uma barreira em sua história. As fortes dores voltaram e Julia precisou se afastar outra vez, mas dessa vez o período foi maior e começou a se ocupar e dar prioridade a outras coisas. Havia iniciado o Ensino Médio e já não estava mais conseguindo conciliar a escola com a dança. Após 9 anos dançando sem parar, percebeu que seria necessário abrir mão desse sonho. Não deixou de lado toda a aprendizagem que recebeu, não somente dos passos e coreografias, mas também da pessoa que se tornou devido a essa longa convivência na escola de dança, que a acolheu por tanto tempo.
Julia viveu grandes histórias, que muitas garotas sonham em passar, tornando-se uma grande bailarina. Aproveitou cada momento e mesmo atualmente não estando ativa no balé, afirma que a dança jamais saiu de seu coração. Sempre esteve muito alegre e espontânea, deixando seu carisma por todo o caminho que trilhou. Viveu todos os dias como se estivesse em um grande espetáculo, com o sorriso no rosto e de cabeça erguida, como aprendeu e fez durante sua primeira apresentação. E, claro, com o apoio de seus familiares e amigos, os quais sempre estiveram presentes nas plateias para prestigiar cada momento e a contemplar com mais um “Bravo, Julia. Bravo!”.
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| Foto: Arquivo pessoal |
Era o sonho de Julia, no início chegou a concorrer e ganhar bolsa de estudo para começar a fazer as aulas de balé em uma escola de dança, mas a mãe ainda não apoiava a ideia. Porém, logo em seguida surgiu a oportunidade de começar a fazer as aulas de balé no projeto municipal de Campos do Jordão, que disponibilizava aulas de danças nas próprias escolas públicas do município. Claro que Julia não poderia deixar a oportunidade passar e conseguiu convencer seus pais a autorizarem sua participação. Foi então que um grande e belíssimo trabalho se iniciava em sua vida. Julia tinha 8 anos quando começou a frequentar as aulas, as quais aconteciam uma vez por semana e não aceitava ter que faltar. Só não passava pela cabeça da pequena menina que essa paixão iria tão longe. A primeira apresentação ainda está gravada em sua memória, não poderia se esquecer de como foi pisar em um grande palco pela primeira vez e lá de cima ver uma grande platéia. Mesmo tão nova, sabia da responsabilidade que teria. Era o momento de lembrar de todos os ensaios, da sequências dos passos e do que a professora havia falado: “Se a coroa cair, continue dançando”. Não tinha como Julia esquecer, sempre muito atenta a todas às aulas, entrou no palco com o seu grupo e fez tudo que tinha aprendido, deixou a música envolver seus passos e a paixão pela dança evolver seu coração. Estava aprendendo a dançar com o corpo e com a alma.
Após esse primeiro momento, a dedicação e empenho só aumentou. Seus pais começaram a apoiá-la e se tornaram cada vez mais presentes nessa rotina e isso deixava Julia ainda mais empolgada. Além das aulas semanais na escola, foi selecionada para participar do corpo de baile, o qual reunia as alunas que mais se destacavam de todas as escolas. Com esse novo grupo, o número de aulas aumentaram e começaram a consumir mais tempo de seus dias, mas não havia nenhum problema, participava de todas às aulas sempre sorrindo. O grupo foi crescendo, o número de apresentações aumentando e as oportunidades também. Já com alguns anos começou a participar de diversos festivais em algumas cidades como São Sebastião/SP, Indaiatuba/SP, São Caetano/SP e Ilha Bela/SP. Claro que não poderia deixar de citar um dos festivais que mais marcou as lembranças da garota, e que é o sonho de toda bailarina ter a chance de poder participar um dia, o festival de Joinville. Teve a oportunidade de conhecer a sede do Bolshoi no Brasil (uma das maiores companhias de balé do mundo) e conhecer o município de Joinville/SC, que tem uma pouco de balé em cada canto da cidade.
Em meio a tanta correria do dia-a-dia, o cansaço físico começou a aparecer. Julia estudava no período da manhã e passava o período da tarde e da noite na escola de dança. Criou uma rotina diferente de seus colegas, focou o seu objetivo e mergulhou de cabeça, porém algumas coisas começaram a incomodar. Depois alguns anos dançando sem parar, o seu joelho já estava "reclamando". Devido a fortes dores, foi colocada diante de mais um momento decisivo em sua vida e seu fisioterapeuta solicitou que afastasse por um período, tendo que se ausentar das aulas. No tempo em que ficou parada, o seu grupo de dança foi selecionado para participar de um festival internacional, “Youth America Grand Prix”, em Nova York. Conseguiu se recuperar e viajar com a equipe, podendo realizar sua primeira apresentação em palco internacional.
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| Foto: Arquivo Pessoal |


