Com 78 anos e nascido em Jacareí (SP), o professor, escritor, historiador e político Benedito Sergio Lencioni já teve diversas experiências nessa vida.
Por Mariana Motta
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| Foto: Facebook |
Sua primeira formação é como professor. Começou sendo professor rural logo após fazer um curso de duração de dois anos na Escola Agrícola. “Fiz curso de monitor agrícola porque as condições que eu tinha eram de professor rural”. Começou dando aulas na cidade de Piedade, perto de Sorocaba interior de São Paulo, depois veio para dar aula na zona rural de Jacareí. Após sua formação de professor, decidiu ser advogado no ano de 1965 estudando na Faculdade de Direito em São José dos Campos. Trabalhou como advogado trabalhista e civil. Gostou tanto que fez um curso de especialização trabalhista com o famoso advogado tributarista Ives Gandra que é conhecido por suas posições políticas e pessoais conservadoras.
Devido aos estudos em direto, entrou para a vida política. Bene, como é conhecido, começou trabalhando na Rádio Clube Jacareí, na qual mantinha um jornal e um programa aos domingos.Colaborou também para um jornal da cidade com crônicas políticas. Foi vereador por duas vezes em Jacareí, em 1960 à 1964 e 1969 à 1973. “Após isso não me candidatei para fazer a faculdade de direito, quando terminei a faculdade voltei a ser candidato”. Durante os dois mandatos foi também Presidente da Câmara de Jacareí.
No ano de 1977 até 1982, foi a vez de ser prefeito. Após esse mandato, decidiu se afastar um pouco. Mas em 1997 voltou e ganhou as eleições permanecendo até os anos 2000. “O prefeito que terminou o século e o milênio fui eu, isso é importante”. Quando foi prefeito, Bene criou algumas entidades municipais, como o MAV (Museu de Antropologia do Vale do Paraíba), o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e a Defesa Civil, tendo sido a terceira melhor defesa civil do país.
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| Divulgação: Diário de Jacareí |
O lado historiador teve inicio há mais de 50 anos. Começou porque ia elaborar um livro junto com Ulisses Guedes, jornalista de Jacareí. “Nós íamos fazer um almanaque, mas não deu certo.” Ulisses não quis continuar a elaboração do almanaque, mas Bene gosto da idéia e continuou pesquisando e juntando materiais.
Devido a esse lado curioso, Bene conhece a historia de Jacareí inteira. “Desde as atas de 1861 até as de hoje eu li todas, então conheço bem a historia”.
Como legado para as próximas gerações, Bene quer deixar seus livros já publicados e muitos ainda que estão por vir. “Tem um que vou termina agora que são sobre as praças de Jacareí”. Mostra que já tem bastante pesquisa pronta, como auxilio conta com diversas crônicas publicadas em jornais. Tem muita coisa que deixará como recordação. “Não vai dar para termina tudo, eu sei que não vai dar. Vou até onde puder, acho que esse é o meu legado”.