Por Renata El
Todos os dias as ruas estão lotadas, gente indo e voltando de suas casas, trabalhos e afazeres, mas a massa cotidiana esconde um dado alarmante: Uma em cada cinco mulheres que estão ao seu redor já sofreram algum tipo de violência doméstica. E mais do que isso: Quase todas já foram vítimas de alguma tipo de assédio nas ruas, da famosa cantada de pedreiro à estupros no meio da noite. Num país prioritariamente machista, mulher é produto, é pegar e achar, mas não basta pegar uma, tem que pegar o máximo que puder. A mulher boa é aquela difícil, só que não tão difícil, senão é metida, é baranga que está se achando demais. Não importa, no fim das contas, elas só querem uma coisa: O homem.
Afinal, não está certo as mulheres sentirem medo de sair as ruas só pelo simples fato de nascerem mulheres! O absurdo é tão grande que uma CPI foi instaurada para mapear a situação nos 17 Estados mais o Distrito Federal para avaliar aplicação de políticas públicas e a situação das unidades de atendimento à mulher vítima de violência. O resultado é um diagnóstico completo das ações do Estado no enfrentamento, acompanhamento e apoio à violência contra mulher. O relatório aponta 73 recomendações para diversos órgãos nas três esferas de governo e para todos os poderes, além de recomendações específicas para cada um dos Estados visitados. Porém o caminho é longo: A CPI entregue em 2012 só teve relatório finalizado este ano e, só agora, no fim de agosto, que foram votadas no plenário quatro projetos de lei referentes ao projeto, entre eles, o feminicídio, a violência doméstica como crime de tortura, o atendimento especializado do SUS à vítimas de violência e direito a benefício do INSS em caso de violência doméstica e familiar que causa afastamento do trabalho.
Os dados do Mapa da Violência – Homicídios de Mulheres no Brasil, apresentado em agosto ainda trazem um fator mais preocupante: O aumento de 230% dos assassinatos de mulheres em relação à década anterior. A naturalização da violência é fator decisivo para o aumento. “Todos os dias vemos casos de extrema violência estampados nos jornais. A crueldade presente nestes crimes é chocante. E a população não se choca mais, pois é um item quase cotidiano na mídia. Além de ser abordado com naturalidade, não é destacado o machismo como causa. O resultado é que os crimes acabam entrando na consideração de violência passional, que é aquele que diz que o homem matou por amor demais ou coisa assim. Como se cada ação que a mulher fizesse justificasse ela ser morta, quando a gente sabe a causa é o machismo, que é fato de os homens acharem que as mulheres são objetos, que pertencem a eles”, aponta Sofia Barbosa militante da Marcha Mundial das Mulheres.

Na cidade de Taubaté a situação é ainda pior: Numa cidade de quase 300 mil habitantes, há apenas uma iniciativa efetiva para o apoio da vítima de violência sexual, que atendem homens e mulheres, mas a segunda é maioria absoluta. O GAVVIS (Grupo de apoio à vítima de violência sexual) fundado por uma equipe de médicos, psicólogos, enfermeiras, assistente social, educadores, advogados e alunos da UNITAU que, juntos, procuram dar assistência médica, psicológica e jurídica a pacientes violentados sexualmente. Os objetivos da iniciativa é atender vítimas de violência sexual de Taubaté e região e desenvolver atividades educativas na comunidade. Além disso, o grupo oferece atendimento aos familiares das vítimas. Em relação à projetos do município, existe um anti-projeto da vereadora Vera Saba (PT) para a criação de Conselho de Políticas Públicas para Mulheres, que já foi enviado ao prefeito mas que ainda não fez nada.
Enquanto o executivo deixa o projeto na gaveta e não toma nenhuma outra iniciativa, as mulheres de Taubaté continuam travando uma guerra diária, a qual, nunca saberá se voltará inteira.
Todos os dias as ruas estão lotadas, gente indo e voltando de suas casas, trabalhos e afazeres, mas a massa cotidiana esconde um dado alarmante: Uma em cada cinco mulheres que estão ao seu redor já sofreram algum tipo de violência doméstica. E mais do que isso: Quase todas já foram vítimas de alguma tipo de assédio nas ruas, da famosa cantada de pedreiro à estupros no meio da noite. Num país prioritariamente machista, mulher é produto, é pegar e achar, mas não basta pegar uma, tem que pegar o máximo que puder. A mulher boa é aquela difícil, só que não tão difícil, senão é metida, é baranga que está se achando demais. Não importa, no fim das contas, elas só querem uma coisa: O homem.
Afinal, não está certo as mulheres sentirem medo de sair as ruas só pelo simples fato de nascerem mulheres! O absurdo é tão grande que uma CPI foi instaurada para mapear a situação nos 17 Estados mais o Distrito Federal para avaliar aplicação de políticas públicas e a situação das unidades de atendimento à mulher vítima de violência. O resultado é um diagnóstico completo das ações do Estado no enfrentamento, acompanhamento e apoio à violência contra mulher. O relatório aponta 73 recomendações para diversos órgãos nas três esferas de governo e para todos os poderes, além de recomendações específicas para cada um dos Estados visitados. Porém o caminho é longo: A CPI entregue em 2012 só teve relatório finalizado este ano e, só agora, no fim de agosto, que foram votadas no plenário quatro projetos de lei referentes ao projeto, entre eles, o feminicídio, a violência doméstica como crime de tortura, o atendimento especializado do SUS à vítimas de violência e direito a benefício do INSS em caso de violência doméstica e familiar que causa afastamento do trabalho.
Os dados do Mapa da Violência – Homicídios de Mulheres no Brasil, apresentado em agosto ainda trazem um fator mais preocupante: O aumento de 230% dos assassinatos de mulheres em relação à década anterior. A naturalização da violência é fator decisivo para o aumento. “Todos os dias vemos casos de extrema violência estampados nos jornais. A crueldade presente nestes crimes é chocante. E a população não se choca mais, pois é um item quase cotidiano na mídia. Além de ser abordado com naturalidade, não é destacado o machismo como causa. O resultado é que os crimes acabam entrando na consideração de violência passional, que é aquele que diz que o homem matou por amor demais ou coisa assim. Como se cada ação que a mulher fizesse justificasse ela ser morta, quando a gente sabe a causa é o machismo, que é fato de os homens acharem que as mulheres são objetos, que pertencem a eles”, aponta Sofia Barbosa militante da Marcha Mundial das Mulheres.

Na cidade de Taubaté a situação é ainda pior: Numa cidade de quase 300 mil habitantes, há apenas uma iniciativa efetiva para o apoio da vítima de violência sexual, que atendem homens e mulheres, mas a segunda é maioria absoluta. O GAVVIS (Grupo de apoio à vítima de violência sexual) fundado por uma equipe de médicos, psicólogos, enfermeiras, assistente social, educadores, advogados e alunos da UNITAU que, juntos, procuram dar assistência médica, psicológica e jurídica a pacientes violentados sexualmente. Os objetivos da iniciativa é atender vítimas de violência sexual de Taubaté e região e desenvolver atividades educativas na comunidade. Além disso, o grupo oferece atendimento aos familiares das vítimas. Em relação à projetos do município, existe um anti-projeto da vereadora Vera Saba (PT) para a criação de Conselho de Políticas Públicas para Mulheres, que já foi enviado ao prefeito mas que ainda não fez nada.
Enquanto o executivo deixa o projeto na gaveta e não toma nenhuma outra iniciativa, as mulheres de Taubaté continuam travando uma guerra diária, a qual, nunca saberá se voltará inteira.
