De
acordo com cientista político, as eleições do próximo ano pouco sentirão o
efeito das manifestações de junho de 2013
Por Guilherme Lima e Rodrigo Bustamante
Ainda está viva na memória de muitos brasileiros a série de protestos que se espalharam pelo país na segunda metade do mês de junho. Na oportunidade, pudemos conferir milhões de pessoas tomando as ruas e gritando palavras de ordem e revolução. Os alvos eram inúmeros: governo federal; estadual; municipal. Partidos políticos foram escorraçados das passeatas que se auto-intitulavam apartidárias. Nem mesmo os veículos de imprensa foram poupados. Uma grande parcela dos mais de 200 milhões de brasileiros se rebelaram contra a cultura de corrupção que assola a terra descoberta por Cabral. Não era por vinte centavos apenas, mas sim por transporte, saúde e educação pública dignas. Em junho, os Alckmins, Sarneys e Cabrals do Brasil acuaram e perceberam que o gigante despertou.
No ápice das manifestações do mês de junho, a presidente Dilma levantou a hipótese de um plebiscito com o intuito de fazer a reforma da política brasileira, mas como esperado, a idéia não saiu do papel e foi muito criticada pelas lideranças do congresso nacional. A falta de tempo hábil para a votação e aplicação das hipotéticas mudanças, foi o motivo maior para o fim do movimento da presidente. Isso fez com que os anseios de reformas drásticas e imediatas da população brasileira fossem extintos, mas por outro lado nos mostrou e reafirmou a importância do voto. Apenas exercendo nosso direito de maneira consciente e pensada, poderemos transformar o país. O que para muitos é tido como uma obrigação eleitoral pode afundar o país cada vez mais ou reergue-lo de uma situação de corrupção e bandalheira. Escolha a sua opção.