Por Daniel Corrá e Thiago Fadini
| Foto:Daniel Corrá |
A troca
dos livros de papel, pelos digitais começa a ser percebida nas principais
bibliotecas públicas da região. Em Taubaté, a biblioteca municipal Professor José
Jerônymo de Souza Filho registra
queda de 41% no número de empréstimo de materiais como livros, revistas e
jornais, desde 2008, segundo levantamento realizado pela prefeitura.
A saída de títulos passou de 4.761 para 2.787 no período
levantado pela Secretaria de Turismo e Cultura. Para a Professora de Linguagens
Midiáticas do curso de Comunicação Social da Universidade de Taubaté, Edilene
Maia, o número mostra uma mudança nos hábitos dos leitores adeptos à
plataformas impressas.
“A
nova geração está muito preocupada com interatividade e talvez, com sites que sejam
mais interativos e tenham programas que vão oferecer o resumo do livro. Não é
que as escolas deixaram de pedir a literatura, mas há facilidade do resumo. São
poucos os que estão interessados nos livros”, afirma a professora.
A mesma
constatação também é feita pela Prefeitura de Taubaté, que viu o perfil dos
usuários mudar com a popularização do acesso à internet. A secretaria informou que a biblioteca conta com mais
de 40 mil títulos no acervo, mas não soube precisar o número de sócios ativos.
De acordo com Edilene, as bibliotecas precisam inovar e modernizar o acervo e os
serviços oferecidos. “Nos grandes países, os museus são totalmente interativos
e as bibliotecas também, isso precisa chegar às nossas bibliotecas. De você ter
acesso àquele livro, a jogos, palestras e discussões. Talvez isso volte a
chamar os jovens e adolescentes para dentro das bibliotecas”, reforça.
Confira a entrevista com a professora Edilene Maia abaixo
Confira a entrevista com a professora Edilene Maia abaixo
Leitores e os livros
digitais
Leitora assídua, a estudante de jornalismo Larissa Caldieri, de 20 anos, lê tanto em livros de papel quanto nos digitais. “No e-reader eu leio livros que ainda estou em dúvida sobre comprar o físico ou não, releio os que não tenho na estante, os que ainda não saíram no Brasil, ou quando tenho algum texto da faculdade”, conta ela, que utiliza com frequência apenas a biblioteca da faculdade.
Mesmo consumindo títulos digitais, Larissa se benificia dos títulos gratuitos, disponíveis na internet. “Você encontra alguns livros por R$ 5, R$ 10, R$ 20, ou até R$ 50. Algumas editoras fazem promoções, ou liberam livros gratuitos nos sites, e são esses que baixo com frequência. Tenho uma vasta coleção no computador, que consegui ao longo do tempo, e pretendo continuar com isso, baixando os gratuitos que encontro pela internet”, afirma.
Mesmo com novas tecnologias disponíveis, o costume e preferência por impressos fala mais alto para a estudante. “Poder segurá-los, sentir o peso, o cheiro de livro novo ou velho, isso é algo que só o livro físico tem. A história vai estar nas páginas amarelas e gastas de tanto serem folheadas, coisa que os livros digitais não transmitirão. Nunca, nunca será a mesma coisa", afirma Larissa.
Leitora assídua, a estudante de jornalismo Larissa Caldieri, de 20 anos, lê tanto em livros de papel quanto nos digitais. “No e-reader eu leio livros que ainda estou em dúvida sobre comprar o físico ou não, releio os que não tenho na estante, os que ainda não saíram no Brasil, ou quando tenho algum texto da faculdade”, conta ela, que utiliza com frequência apenas a biblioteca da faculdade.
Mesmo consumindo títulos digitais, Larissa se benificia dos títulos gratuitos, disponíveis na internet. “Você encontra alguns livros por R$ 5, R$ 10, R$ 20, ou até R$ 50. Algumas editoras fazem promoções, ou liberam livros gratuitos nos sites, e são esses que baixo com frequência. Tenho uma vasta coleção no computador, que consegui ao longo do tempo, e pretendo continuar com isso, baixando os gratuitos que encontro pela internet”, afirma.
Mesmo com novas tecnologias disponíveis, o costume e preferência por impressos fala mais alto para a estudante. “Poder segurá-los, sentir o peso, o cheiro de livro novo ou velho, isso é algo que só o livro físico tem. A história vai estar nas páginas amarelas e gastas de tanto serem folheadas, coisa que os livros digitais não transmitirão. Nunca, nunca será a mesma coisa", afirma Larissa.