Sentimento: a alma da música


Por Gabriel Priante

Banda Sir. Jack se apresenta ao vivo em Caçapava
Todo começo é difícil e estranho. Isso não é diferente quando falamos do meio musical. Dificuldades na conciliação com os estudos, e principalmente na valorização daqueles que estão iniciando sua carreira, são um dos problemas frequentes que esses músicos sofrem. Até porque essa é uma das profissões que não necessitam de nenhum diploma, apenas para os que pretendem ampliar seus conhecimentos musicais.
E foi no ser reconhecido que Nanda Alves e sua banda “Sir. Jack” encontraram dificuldades. “Muitas pessoas não acreditavam em nosso trabalho pela idade, achavam que só iríamos fazer bagunça”. Porém a música foi virando algo profissional e um dos principais fatores foi a tecnologia, pois através desta que muitos sabiam onde iriam se apresentar e qual era o foco do trabalho. 

Hoje a banda completa seis anos e é composta somente por familiares, algo que deixa o trabalho mais gostoso e gratificante, já que a vida de shows é cansativa. Porém todo esse desgaste é recompensado pelo carinho como conta ela a história de uma fã. “Só não me lembro o nome dela, mas a fã pretende fazer uma tatuagem da banda, e isso é muito gratificante para nós integrantes”, se emociona.
Diferente dessa fã existem indivíduos que às vezes esquecem que o estilo de música da banda é pop rock nacional e internacional, e no meio da apresentação pedem faixas como “créu”, por exemplo. “E ainda ficam dançando pra vê se agente vai acompanhar o ritmo”, fala Nanda em meio a risadas.
Cantora Nanda Alves, vocalista da Banda Sir. Jack

A vocalista, experiente no meio musical, aconselha os que estão encontrando dificuldades para iniciar uma carreira. “Fazer um trabalho legal, respeitar o público, e com certeza procurar um fonoaudiólogo, pois sem cuidar da voz a carreira não vai pra frente”. 

Conselho esse que serve para Áurea Coli, que embora tenha começado em aos 18 anos em 2007, não conseguiu obter o mesmo sucesso, buscando ainda esse sonho de milhares de jovens, serem reconhecidos pelo talento.

Por incrível que pareça a cantora, que hoje tem 23 anos, não sonha em ser profissional desta área e sim cantar ao lado de Zélia Duncan. Áurea afirma que um problema relevante é conseguir dividir os estudos com os tempos de ensaio – ela está no 1° de Educação Física. “Principalmente em dias de prova que realmente ficava muito difícil de ensaiar nos finais de semana”, conta.

Para ela a divulgação também é a melhor forma de conseguir uma um bom resultado neste ramo. “Hoje o caminho fácil e objetivo para se conseguir qualquer coisa é a internet”. Outro fato importante é o modo como se sente ao realizar seu trabalho. “É preciso se fazer pelo prazer e não por fazer”. Por isso, cantar exige trabalho, suor e muita dedicação, mas quando é feito com amor tudo fica mais fácil. “Cantar pra mim é um sonho, uma realidade, é tudo pra mim”, revela Nanda Alves.