Lugar de mulher é no Roller Derby

Por Bruna Guarany

“Lugar de mulher é no fogão!”. As pessoas que ainda acreditam nesse ditado estão desatualizadas dos acontecimentos. Hoje, as mulheres conquistaram seu lugar, e não apenas no mercado de trabalho, mas também no esporte, pois estão invadindo o Brasil com uma nova modalidade.
 Cotovelada, soco e ponta pé não são permitidos nesse esporte. Bola? Não existe. Para vencer é necessário derrubar o bloqueio do adversário com o ombro ou quadril. Que esporte diferente é esse? Roller Derby.
 



    Um novo estilo de esporte de alto contato, jogado por mulheres sobre patins, criado na década de 30. Consiste em uma corrida praticada em uma pista oval na qual dois times de cinco jogadoras cada (1 pivô, 4 bloqueadoras e 1 jammer) disputam, entre esbarrões e muita ação, cada ponto.
O patinador vestindo uma estrela em seu capacete é o jammer, que é responsável em marcar pontos.  O patinador vestindo a faixa em seu capacete é chamado Pivô, que é quem se mantém na parte da frente do pack e regula sua velocidade. As bloqueadoras têm a função de impedir ou bloquear a passagem da jammer de outro time, permitindo também que a jammer do seu time marque pontos.
Hoje, o Roller Derby é o esporte com o maior índice de crescimento mundial por ser competitivo, seguro, inclusivo, irreverente, rápido, agressivo e, acima de tudo, inacreditável.
Organizado em “ligas” que dependem apenas de suas patinadoras, de seus voluntários e parceiros para sobreviver e espalhar o esporte, o Roller Derby conta com mais de 900 ligas espalhadas por todo o mundo, e existe uma em Taubaté.
A iniciativa foi tomada pela professora de informática para maiores de 60 anos e design gráfica, Michelle Lima de Sousa, 23 anos. Ela conta que estava assistindo o programa da Fátima Bernandes “Encontro” e passou uma reportagem sobre o assunto. Como ela é uma pessoa que gosta de “novidade”, esse esporte a cativou e, portanto, resolveu trazer o esporte para a cidade.
Para Michelle, andar de patins e encontrar pessoas interessadas no esporte são as maiores dificuldades encontradas. Como existe uma grande dificuldade em encontrar jogadoras, apenas três meninas participam desse grupo: a própria Michelle, Janaína Dias e Ana Luiza Mota.
O time existe desde julho de 2012 e os treinamentos acontecem aos finais de semana, no Sedes Taubaté, mas sem treinador. “Nós mesmas nos treinamos”, ressaltou.
Os equipamentos necessários para a prática são: patins, protetores bucais, capacete, cotoveleiras, munhequeiras e joelheiras.
Muitas jogadoras, inclusive as de Taubaté, sofrem com a falta de equipamento, pois são equipamentos caros. Inicialmente, elas utilizam o “roller”, e após terem certeza que desejam continuar no esporte, compram o patins. Para saber mais sobre a falta de equipamento e o preço, a matéria do Douglas Castilho dará mais detalhes. Acessem!