AMEAÇAS CIBERESPACIAIS VINDO DE TODOS OS LADOS: NÃO SEJA MAIS UM INFECTADO


Por Patricia Zandonadi
Uma triste notícia para quem é usuário da rede de computadores criada por militares na década de 1960, mais de 2 milhões de spams transitam pela internet no mundo em um único dia. O pior não é receber promoções que você não pediu, correntes religiosas, milagrosas e outras feitas em power point, mas arquivos que podem trazem consigo os temidos vírus e todos os tipos deles.

O vírus de computador é na verdade um software ou programa malicioso desenvolvido para ter um comportamento muito parecido com o vírus biológico. Ou seja, ele infecta o sistema do seu computador, faz cópias de si mesmo e tenta se espalhar para outros computadores, e faz isso de diversas formas.

As empresas ligadas a navegadores buscam a cada dia novas formas de se proteger e fazer o mesmo com seus clientes. Pensando em se munir contra a ação de hackers a Google fez uma oferta de 2 milhões de dólares para quem conseguir derrubar o Google Chrome.

No entanto, todo cuidado parece pouco. Na segunda semana de setembro o governo alemão orientou internautas a não utilizarem o Internet Explorer. Isto porque foi descoberta uma vulnerabilidade no navegador da Microsoft, que deixa uma brecha para que o computador do usuário seja infectado com apenas uma visita a um site contaminado. No caso o malware utiliza o Adobe Flash Player para se instalar no Internet Explorer, uma vez instalado ele passa a ter acesso a tudo que você tem no seu pc.

Em outra investida da Microsoft, a empresa descobriu computadores produzidos na China, que além de conter programas piratas, já saiam de fábrica com vírus. Entre os malwares encontrados estava o Nitol, um vírus altamente contagioso, pois ao conectar um pendrive à máquina infectada, esse é automaticamente contaminado e, quando ligado a outro PC, ele passa o vírus adiante.

Mas nenhum dos criadores dessas ameaças ganha em esperteza do criador do Flame, o mais sofisticado programa de espionagem na internet já descoberto. O malware é capaz de ir além da espionagem, pode sabotar sistemas de computação e é muito provável que o vírus tenha sido usado para atacar o Irã em abril deste ano. A esperteza dos hackers está em o Flame ter sido criado a cerca de 5 anos e até agora nenhuma empresa de segurança cibernética tê-lo encontrado.

De acordo com Alexander Gostev, Especialista Chefe em Segurança da Kaspersky Lab, uma fabricante russa de antivírus, "encontramos três programas maliciosos ainda desconhecidos, que possuem envolvimento com o Flame. Cerca de 5 GB de dados foram carregados neste servidor em uma semana, de mais de 5 mil máquinas infectadas. Certamente esse é um exemplo de ciberespionagem realizada em escala massiva". 

Aí, a gente pensa: O vírus foi encontrado, estamos salvos! Não é bem assim... Ao ser dado o alerta de malware para o programa, seus criadores acionaram um sistema de autodestruição. Resultado: no mesmo dia o Flame sumiu do ciberespaço. A principal suspeita é que o vírus não tenha sido programado por um simples hacker, mas por uma equipe altamente qualificada. Voltamos ao fato de ele poder ter sido usado num ataque ao Irã, cogita-se que seja uma arma do governo. 

Se até governos fazem uso de programas maliciosos, todo cuidado ao acessar contas ou digitar dados pessoais na internet é pouco. Especialistas alertam para que usuários do ciberespaço utilizem somente páginas confiáveis, as que tem em seu endereço o HTTPS; a não clicar em ícones dançantes que aparecem do nada na tela do navegador; e por mais que seja linda a mensagem ou tentador fazer um pedido que será realizado caso você envie a carta eletrônica para mais dez amigos, evite passar e-mails com arquivos desconhecidos adiante, o bom mesmo é nem abrí-los.


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