Idosos devem tomar cuidados com a alimentação

Por Allan Ribeiro


Ao contrário do que muita gente pensa, a desnutrição não é apenas um problema que atinge aqueles que não têm acesso aos alimentos. A doença, que ocorre há falta de nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, é uma ocorrência comum entre os idosos de todas as classes sociais.

O idoso tem uma redução de diversas propriedades do organismo. Além de alterações na dentição, que dificultam a mastigação, o idoso sobre com a diminuição das funções digestiva, absortiva, gástrica e intestinal. Outro fator relacionado a má alimentação diz respeito aos baixos valores das aposentadorias.Com a falta de recursos há uma grande dificuldade de aquisição de uma maior variedade alimentar, o que reduz as chances do indivíduo ter acesso a todos os nutrientes necessários.
Nessa faixa etária é necessário ter cuidado para não restringir a alimentação a carboidratos, como pães e massas e às formas líquidas ou pastosas, como as sopas. Embora mais fáceis de ingerir e preparar,os pratos devem estar sempre acompanhados de frutas, verduras, salada e proteína. As proteínas são encontradas especialmente nas carnes. Caso ajam dificuldades de mastigação, o leite, ainda que os de soja em caso de intolerância à lactose, peixes ou ovos, são ótimas fontes. No caso dos legumes, para facilitar, devem estar bem cozidos e macios. Já às frutas e vegetais, podem ser ingeridos sob a forma de sucos.
Ainda, existem suplementos completos e balanceados que possuem todos os nutrientes necessários ao organismo e em proporções adequadas para uma boa nutrição, além de vitaminas antioxidantes como vitamina C, vitamina E, selênio e beta-caroteno, que protegem os tecidos contra os danos causados pelos radicais livres.
Porém, assim como os medicamentos, suplementos vitamínicos e alimentação devem ser consumidos a partir de orientação de profissionais especializados. Isso porque a existência de doenças crônicas é um fator relevante a ser considerado. “A avaliação nutricional de pacientes idosos deve ser realizada de rotina na prática clínica, já que eles são vulneráveis a distúrbios nutricionais, resultado de alterações fisiológicas, psicossociais, econômicas e comportamentais”, ressalta a nutricionista Maria Fernanda Pereira.