Por André Somensari
Todos pensam em um dia se aposentar, enfim descansar, curtir a vida. Mas isso não é consenso entre os idosos. Muitos deles não se imaginam longe do mercado de trabalho, querem além de ocupar o tempo ocioso poder lucrar com isso!
Segundo
relatório Global Enterpreneurship Monitor (GEM) de 2011 avalia em 21,1 milhões
de pessoas o número de empreendedores (17,1% da população) no Brasil de 2010, e
estima-se em 3,1% a representação dos empreendedores na faixa dos 60 anos.
Ainda segundo o relatório são mais de 650.000 o número de empreendedores na
terceira idade, que pode aumentar em função das melhores condições econômicas
do país e da melhoria nos conhecimentos em gestão que vêm reduzindo a
mortalidade dos negócios. Atualmente o Brasil possui mais de 19 milhões de
idosos em sua população. Desta forma o grupamento etário intitulado “melhor
idade” se apresenta interessante tanto quanto a sua disponibilidade para
consumo quanto por suas características para empreender.
Todos pensam em um dia se aposentar, enfim descansar, curtir a vida. Mas isso não é consenso entre os idosos. Muitos deles não se imaginam longe do mercado de trabalho, querem além de ocupar o tempo ocioso poder lucrar com isso!
Marisa Lobato é exemplo de
empreendedorismo na terceira idade, foi servidora da Unitau (Universidade de
Taubaté) por mais de 20 anos, aposentou-se do serviço público, abriu seu
próprio negócio e hoje fabrica doces e salgados para eventos e estabelecimentos
comerciais.
“É muito bom, além de ser prazeroso e
ocupar meu tempo eu faturo uma renda extra que auxilia no meu orçamento
familiar”, diz Marisa.
Para
Emerson Cechin, consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) os empresários da terceira idade têm vantagens competitivas que podem
ser exploradas no empreendedorismo: tendem a dar certo por causa da experiência
e maturidade.
“Eles conseguem lidar com os desafios e problemas com mais equilíbrio. Gostam de planejar e sabem encarar a concorrência de frente”.
“Eles conseguem lidar com os desafios e problemas com mais equilíbrio. Gostam de planejar e sabem encarar a concorrência de frente”.
Outra vantagem é que
esses empreendedores têm mais jogo de cintura para lidar com os riscos de uma
empresa. Passar de empregado a patrão depois dos 60 anos exige todo cuidado e
planejamento. Não se trata de substituir o ócio da aposentadoria por uma
atividade que garanta distração e espante o tédio. Não há muito espaço para
erros.
“As diferenças entre os
mais jovens e os mais velhos podem ser superadas com um bom plano de negócios.
Para isso, é preciso procurar apoio profissional. Isso dará mais planejamento e
tranquilidade para o idoso abrir o empreendimento”, aconselha Cechin.
A iniciativa é apoiada
também pelo ministro do Trabalho,
Carlos Lupi. Para ele, para o
empreendedorismo na terceira idade crescer é preciso acabar com os
preconceitos. “Pessoas com mais idade podem – e devem – trabalhar ou abrir seu
próprio negócio. É uma parcela da população com experiência que os jovens não
têm para se tornarem empresários”.
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| No Brasil são mais de 650 mil o número de empreendedores na Tereceira Idade |
E pra você que até então pensava em
parar e “pendurar as chuteiras” quando se aposentar pode ser que mude de ideia
até lá, pois ao contrário do fim da carreira pode ser uma nova fase
profissional que você estará prestes a iniciar. Afinal como diz o dito popular
“Nunca é tarde para mudar a sua história”.
