Cinema para educar

Por Gabriela Leite

Cinema é um instrumento de aprendizado moral, social e político, sua diversidade é fundamental para a formação da consciência e cidadania. Essa é a principal razão para se pensar em cinema como formador cultural para as crianças. Uma pessoa que vê nas telas dos cinemas seu próprio país e de muitos outros verá o mundo sob óticas variadas. O resultado mais imediato disso é que essa criança vai ser mais crítica, exigente e informada, do que quem só tem acesso ao que lhe é imposto pelo mercado.
Mas não basta facilitar o acesso de crianças a cinematografia, é preciso também abrir as portas do cinema a grupos ainda marginalizados do processo cultural. Há crianças que nunca assistiram a uma sessão e não têm a menor idéia do quão fascinante e enriquecedor é frequentar um espaço cultural e uma sala de cinema.

O Brasil ainda produz pouco para as crianças. Se o cinema brasileiro como um todo enfrenta inúmeras dificuldades, para o cinema infantil esta realidade é ainda mais precária. Apenas 2% de todo cinema brasileiro é dedicado para as crianças. Atualmente no Brasil as crianças crescem com referências muito mais americanas e estrangeiras do que brasileiras. Não podemos deixar que nosso povo conheça o cinema nacional só quando adultos.

  Existem alguns países como a Dinamarca, Canadá e Holanda, onde o valor investido em cinema infantil é superior a 15% do total de investimentos no cinema. Investir na formação audiovisual é primordial para o fortalecimento da identidade nacional, e o respeito que uma sociedade dedica às suas criança, por isso que o Brasil necessita desenvolver mais cinema.

Mesmo com tanta precariedade do cinema infantil, o pais possui alguns clássicos que são lembrados até os dias de hoje, como O Saci, de Rodolfo Nanni, um clássico infantil baseado na obra de Monteiro Lobato, rodado no Brasil em 1995, Sinfonia Amazônica, de Anélio Latini Filho, O Menino Maluquinho de 1994, Castelo Ra-Tim-Bum o filme de 1999, entre outros. (VEJAS AS CAPAS DOS FILMES)






O cinema de animação teve, não um renascimento, mas uma dinamização nas últimas décadas, tornou-se um excelente meio para se falar dos grandes problemas da modernidade e da pós-modernidade, como a solidão humana diante das multidões, ou a necessidade da constituição de personalidades equilibradas em universos cada vez mais múltiplos, atrativos mas, ao mesmo tempo, desafiadores.

Como não lembrar dos filmes da Disney, seu mundo encantado de historias infantis e seus clássicos como: A Branca de Neve e os Sete Anões, 101 Dalmatas, A Bela e a Fera, A Dama e o Vagabundo, Procurando Nemo, A Era do Gelo, Shrek, entre muitos outros. Cada dia mais modernos e revolucionários, hoje em dia temos a possibilidade de assistir os filmes da nossa infância com um qualidade extraordinária, e ainda em 3D. A estudante Luiza Silva de 14 anos, conta que adora os filmes da Disney e se encanta toda vez que assiste um novo, “Eu adoro ver filmes com minha mãe, a gente assiste todas as novidades” fala Luiza.

Os filmes infantis não encantam somente as crianças, possuem muitos adultos que são apaixonas por esse tipo de cinema. Como por exemplo, a Professora de Inglês, Lúcia Pacheco, ela admite amar cinema e adora o filme Rio de Carlos Saldanha, “Até o toque do meu celular é a trilha sonora do filme Rio, eu me encanto com esse desenho” conta a professora. Os filmes são espelhos, onde cada povo pode se ver na tela e refazer os caminhos de sua cultura, por isso, que a preservação do cinema é fundamental para a nossa história , a nossa memória e a nossa identidade cultural.