Por Fabiana Mosna
A premiação do Oscar foi criada em 1927 pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas e tinha o objetivo de promover os filmes existentes e honrar as pessoas envolvidas (atores, atrizes, diretores e etc). Faziam parte da academia 36 membros - hoje são 5830-, existiam vinte e quatro categorias e eram reuniões particulares.
A cerimônia era feita durante o almoço ou jantar e a primeira aconteceu em 16 de maio de 1929 no Hotel Roosevelt de Los Angeles. A premiação foi simples e rápida, duraram quinze minutos, distribuíram-se apenas quinze estatuetas e a transmissão era feita pelo rádio e depois pela televisão.
Segundo Luis António Giron, editor da seção Mente Aberta da revista Época, a tradição de usar traje a rigor na festa se mantém, porém o caráter e a essência do evento se alteraram com o passar do tempo e não há mais como comparar a festa dos primeiros anos com a de hoje.
Uma das lendas sobre o Oscar diz que o diretor de arte Cedric Gibbons, foi eleito para desenhar a estatueta (um homem desnudo e corpulento, com braços cruzados, segurando uma espada e parado sobre um rolo de filme).
A estatueta mede 33 centímetros e pesa quase quatro quilos. O custo de fabricação da unidade é de cento e cinqüenta dólares e os vencedores assumem o compromisso de nunca vendê-los, a não ser que seja para a própria academia e pelo preço simbólico de dez dólares. A única venda foi feita em um leilão de 1993, onde o Oscar de Vivien Leigh, pelo filme E o vento levou, foi arrematado por 562 dólares.
Há três lendas sobre a origem do nome da estatueta, mas a mais aceita é a de que a responsável pela biblioteca da Academia, Margaret Herrick, achava a estatua parecida com um tio chamado Oscar e os funcionários começaram a chamá-lo por esse nome. Um jornalista especializado em Hollywood, Sidney Skolsky, utilizou o nome Oscar ao se referir ao prêmio, assim, a Academia começou a utilizar o “apelido” em 1939.
Atualmente a premiação é vista por milhares de pessoas e os resultados só são conhecidos no momento da divulgação, isso porque antigamente era divulgado para os jornais antes da cerimônia e o Los Angeles Times quebrou o acordo e os ganhadores foram expostos antes da hora. Hoje os votos e dos resultados são de sigilo absoluto.
Com este evento um filme pode aumentar sua bilheteria em vários milhões de dólares, ter prestígio e os atores podem conseguir contratos mais vantajosos.
Luís Antônio Giron também disse que “é preciso observar que o cinema ainda é uma arte popular, ainda comove e leva multidões às salas de cinema. Torço apaixonadamente por ele. Mas meu temor é que a inconsequência, a superficialidade e, sobretudo a rotina o destruam”.

