Por Fabiana Mosna
As músicas podem influenciar os bebês ainda dentro e fora dos ventres maternos. No quinto mês de gestação os ouvidos da criança já estão desenvolvidos, sendo assim, a audição é o primeiro sentido que o feto desenvolve. Não há uma comprovação de que a música influencia no desenvolvimento do feto, mas muitos estudos indicam que o bebê pode sim ouvir um som e reagir a ele.
Uma pesquisa feita em Taiwan, uma República da China, obteve como resultado os efeitos positivos da música para os bebês. As gestantes que escutaram trinta minutos de música todos os dias durante duas semanas, tiveram bons resultados para elas mesmas e para os bebês, diferente das mães que fizeram apenas o pré-natal. As músicas ouvidas foram canções de ninar e infantis, som da natureza e música clássica e acarretou no aumento da atividade cerebral do bebê e fortaleceu o vínculo com a mãe.
O psiquiatra canadense Thomas Verny, indica a música clássica a melhor para os bebês, pois ela tem o tipo de som parecido com o ritmo cardíaco em repouso despertando na criança a sensação de quando é colocada próxima ao coração da mãe.
Há ainda pessoas que afirmam que os recém-nascidos reconhecem as músicas que a mãe ouviu durante a gestação e que se acalmam e dormem ou despertam conforme o tipo de música. Estudos também indicam que os sons estimulam os neurônios do bebe ainda no útero e eles não são apenas músicas, mas também as conversas que as mães têm com os filhos e os cantos que ela entoa quando acaricia a barriga. Tudo que o bebe experimenta desde sua concepção contribui na construção de seu cérebro.
Segundo o psicopedagogo João Beauclair “a linguagem musical é herança cultural de toda a história da humanidade e deve ser aproveitada, cada vez mais, na escola de educação infantil. Além de auxiliar na melhoria de nossas capacidades de memorização e de raciocínio, vários profissionais da área de Psicopedagogia Clínica utilizam recursos musicais para trabalharem com crianças que estejam apresentando dificuldades de aprendizagem”.
Assim a música influencia, e muito, na vida dos bebês, mas cabe lembrar as mães que não adianta ouvir uma música que elas não gostem só porque estudos indicam que faz bem ao bebê, pois não vai ser prazeroso a ela. As músicas não precisam ser colocadas em volumes altíssimos, o feto consegue ouvir mesmo um som baixinho que é transportado eficientemente pelo liquido amniótico.

