Escolas de periferia e suas dificuldades

Por Iago Luca

As particularidades e problemas que professores e gestores encontram ao trabalhar em uma escola periférica “tio, meu primo deu fuga na policia ontem” um aluno disse isso com brilho nos olhos, essa situação nos traz um pouco da realidade do local que estamos trabalhando, e reforça ainda mais que cada pessoa é influenciada pelo meio e como diria racionais na musica mundo magico de oz “dizem quem quer segue o caminho certo, ele se espelha no que esta mais perto”, as relações de influencia de parentes e pessoas da comunidade são muito fortes nas crianças e além disso as dificuldades como fome, atenção, vestimenta atingem quase todos e mudam o jeito que o profissional deve agir e tratar esses alunos.

No dia-dia tudo a rotina pode se diferir um pouco, desde o almoço que as crianças precisam de mais tempo para comer pois podem ser as refeições do dia dela, até uma criança sem familiares por predação social, não podemos generalizar, mas o espaço escolar e o perfil das crianças de uma região periférica se diferem em vários aspectos e em muitos são iguais porque acabam sendo crianças, eles brincam, e fazem as coisas que qualquer outra criança de qualquer realidade faria.

“A maior dificuldade com certeza é a cultura do aluno fora da escola que ele traz para dentro com agressividade, brincadeiras, eles têm uma bagagem na rua que é agressiva, que tem uso de drogas e eles querem reproduzir o comportamento da quadra do bairro deles dentro da sala de aula o que causa muitos conflitos” disse Bruno Cezario que da aula para os alunos de idade de 12 aos 18 anos e é gestor em uma escola de fundamental um, “como gestor na escola de fundamental um o maior problema é a falta de apoio dos pais, o nível de educação dos pais é precário, os responsáveis não veem na escola o papel importante que ela tem” Sobre a diferença de escolas centrais para as periféricas Bruno Cezario diz que as mudanças são principalmente na educação e no jeito que os pais controlam as crianças, mas que as brincadeiras em geral se mantem mesmo que de uma forma diferente, “Eu tenho um perfil de dar aula e esse perfil não se difere de escola para escola, algumas mudanças ocorrem com alunos específicos que podem estar atrapalhando o andar do planejamento”, “é fundamental ajudar os alunos e é um papel da escola colocar limites nos alunos, mostrar outros caminhos a serem seguidos, o professor ser uma referencia diferentes e mostrar possibilidades diferentes para o futuro dele”, assim e com a certeza de que a escola pode salvar a vida de muitas crianças e adolescentes Bruno salienta a extrema importância da escola para um indivíduo, e como essa certeza que todos temos que a educação pode e deve mudar o futuro do nosso país, e de cada microuniverso que é uma vida, todos que trabalhamos com educação seguimos em frente para ajudar cada vez mais nossas crianças e adolescentes.






Clique aqui para conferir a entrevista com Janaina Vieira que é psicopedagoga e fala um pouco sobre o tratamento com alunos de periferia