por Gabriel Campos
Pelo coronavírus, o ano de 2020 provou ainda no primeiro trimestre que seu andamento seria desigual aos anos das últimas décadas, o que levaria a quebrar a rotina e uma sequência de metas que absolutamente todos os indivíduos sentiriam o peso. Essa expectativa rompida aqui no Brasil ainda em Março fundamentou uma resistência, uma corrente de pessoas que eram guiadas por um pensamento equivocado de que o isolamento social, com o intuito de conter a epidemia, era desnecessário. Com isso, as ruas jamais estiveram vazias, apesar de uma parcela global que demonstrou suas preocupações e se manteve em casa pela cautela.
Houve sempre quem desde o início da quarentena esteve de acordo com as medidas de isolamento, seja em proteção a si mesmo ou em relação a outra pessoa. Porém há quem trafega pelas ruas diariamente e por nenhum momento cogitou mudar isso, talvez por defender um ideal diferente, por uma certa ganância ou até por investir sua segurança toda em máscaras e álcool. O ponto é que uns podem estar atrasando a resolução acreditando que o confinamento é que é a causa desse atraso, independente do que defende a oposição. Mas, em movimento ou parados, nenhum deles pode definir se isso irá durar mais um mês ou um ano.
Se for à janela, verá que o trânsito nas ruas varia. Após dias observando, é possível notar até em uma avenida o silêncio tomar conta por instantes, ainda que horas antes ou após um engarrafamento preencha sua visão. Nada disso se dá pela falta de informação ou pela ausência de oportunidade, porém o preço é que ao não respeitar essa precaução põe-se em risco também quem de tudo faz para combater a doença. Um simples toque envolvendo alguém que necessita de, por exemplo, ir ao supermercado ou trabalhar pode resultar na contaminação e até o levar a óbito, o que faz a sua atitude prejudicar o próximo ainda que você esteja a salvo. Aqui, como de costume, a conscientização não aparenta um quadro de melhora, se aproximando justamente do contrário.