António Neves saiu do Rio grande do norte a 27 anos e constrói hoje sua própria aposentadoria com casas para alugar
Na pequena cidade de Jacareí interior de São Paulo vive Antônio Neto Neves de 46 anos, lá reside com a esposa e as duas filhas.
Nascido e criado com seus nove irmãos no Rio grande do Norte veio de uma família humilde cuja o pai é agricultor e a mãe dona de casa.
Por Mirella Alves
António diz que nunca chegou a passar fome, mas sabia o que era passar as necessidades. Assim como a maioria das famílias naquela época a Mãe dona Antónia teve 22 filhos, mais nem todos resistiram, sofreu de tristeza com suas 7 gravidezes interrompidas e seus 5 filhos que morreram antes de completarem um ano de vida.
Antônio um dos filhos mais velhos do casal foi ensinado desde pequeno a trabalhar para ajudar na casa, bem novo ele cuidava dos irmãos e aos 10 anos de idade começou a trabalhar para uma casa de pães onde ele e os irmãos tinham que vender cerca de cem pães cada um para ganhar dez e garantir uma das refeições do dia. Esse foi o primeiro contato que António teve com vendas.
No ano de 1989 quando completou 18 anos decidiu se mudar para Jacareí uma município situado no Vale do Paraíba, para tentar uma vida melhor, ele já conhecia alguns amigos que também estavam na cidade para tentar uma vida melhor. Começou então trabalhando para um amigo, batendo palma de porta em porta para vender roupa de cama, mesa e banho e ganhava uma comissão pela venda feita.
" No primeiro dia eu sai com 3 peças para vender, e voltei com o dinheiro foi uma felicidade achei que não ia conseguir, mas deu certo." Diz António.
Após uns meses António decidiu comprar umas peças e sair para vender por conta própria no bairro em que morava na época, no começo passou por muitas dificuldades pois ninguém conhecia ele, mais ao longo dos meses, as pessoas foram criando confiança em António.
Conquistando sua própria freguesia com seu carisma ele foi fazendo sua própria carreira na pequena cidade do Interior, a cada dois anos António ia visitar seus pais e irmãos pois a saudade de casa era incontrolável. Ele morava com mais quinze amigos em uma pequena casa alugada no centro da cidade, onde todos eles eram do Rio grande do Norte, alguns já estavam em São Paulo a anos. No final do ano de 1994 António foi fazer uma visita sua terra natal, e na casa de uma tia encontrou mulher que seria sua esposa, Maria tinha 18 anos na época e o namoro começou dai. António voltou para São Paulo após o passeio, mas não desistiu da bela mulher, e eles continuaram a namorar à distância por cartas e telefonemas, ele chegou a ir visita lá por dois anos, até então se casarem lá.
Maria veio com António para Jacareí e logo teve sua primeira gravidez. António com a feliz notícia de que seria pai e que a família iria aumentar começou a trabalhar mais, fazendo mais pedidos a fornecedores e fazendo sua pregueais em mais bairros da cidade. "Não é fácil, tem que saber fazer contas, pedidos, endereços dos clientes, eu sei lê e escrever é isso é essencial, pois vendo tudo a prazo e parcelas por isso tenho que saber cobrar depois". Afirma António Apos o nascimento da sua primeira filha no mesmo ano em que se casou, ele aconstruiu sua casa e se logo no começo saiu do aluguel, o sonho de qualquer família.
Como António não trabalha por carteira assinada ele começou a construir seu patrimônio pensando no futuro de sua família, logo após a segunda filha António construiu 4 casas ao longo dos anos e aluga elas para tirar uma renda extra e pagar a faculdade de sua filha mais velha, que curda Ciências Jurídicas em outra cidade.
Com as casas alugadas e a renda da rua a família de António vive bem, a esposa Maria também ajuda nas dispensas da casa.
António hoje após uma carreira de 27 anos é conhecido na cidade inteira, por onde passa todos já sabem quem é, mas ninguém o chama pelo nome. Ele é conhecido pelos apelidos de Boneco, Ceara e Tota, nomes que os amigos e clientes lhe colocaram e que são. António não liga, e gosta das brincadeiras "Isso é quem eu sou, eu construí isso, é a minha vida é o que eu sei fazer e tenho muito orgulho da minha profissão, gosto da rua e não saberia trabalhar em outro lugar". Diz António com um sorriso estampado no rosto.
Apesar das distância ele fala com a família uma vez na semana, e visita seus pais uma vez a cada dois anos. "Amo minha cidade natal mas hoje não sei se conseguiria voltar para lá, eu amo São Paulo, me fiz aqui". Conta António Seus horário são diversificados, depende das datas do mês, e dia de pagamento de seus clientes, por ser autônomo e trabalhar por conta própria António consegue ter espaço no dia a dia para mudar seus horários, é isso é uma das maiores vantagens, nos dias de lazer e gosta de curtir com a família, assistir o jogo do flamengo e jogar baralho com os amigos que construiu ao longo da vida, nada além disso o faz feliz.
Para o futuro espera saúde para poder continuar trabalhando na rua construir sua própria aposentadoria com mais casas para alugar e ver suas filhas criadas. "Nada me fará tão feliz, eu agradeço a Deus por tudo, todos os dias". Esse é o António o Ceara de Jacareí.
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| Seus clientes de longa data afirmam que os produtos são de qualidade e a forma de pagamento é mais prática. |
Conquistando sua própria freguesia com seu carisma ele foi fazendo sua própria carreira na pequena cidade do Interior, a cada dois anos António ia visitar seus pais e irmãos pois a saudade de casa era incontrolável. Ele morava com mais quinze amigos em uma pequena casa alugada no centro da cidade, onde todos eles eram do Rio grande do Norte, alguns já estavam em São Paulo a anos. No final do ano de 1994 António foi fazer uma visita sua terra natal, e na casa de uma tia encontrou mulher que seria sua esposa, Maria tinha 18 anos na época e o namoro começou dai. António voltou para São Paulo após o passeio, mas não desistiu da bela mulher, e eles continuaram a namorar à distância por cartas e telefonemas, ele chegou a ir visita lá por dois anos, até então se casarem lá.
Maria veio com António para Jacareí e logo teve sua primeira gravidez. António com a feliz notícia de que seria pai e que a família iria aumentar começou a trabalhar mais, fazendo mais pedidos a fornecedores e fazendo sua pregueais em mais bairros da cidade. "Não é fácil, tem que saber fazer contas, pedidos, endereços dos clientes, eu sei lê e escrever é isso é essencial, pois vendo tudo a prazo e parcelas por isso tenho que saber cobrar depois". Afirma António Apos o nascimento da sua primeira filha no mesmo ano em que se casou, ele aconstruiu sua casa e se logo no começo saiu do aluguel, o sonho de qualquer família.
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| Nessa foto de arquivo pessoal António me mostra a época que chegou em Jacareí e começou as vendas. |
António hoje após uma carreira de 27 anos é conhecido na cidade inteira, por onde passa todos já sabem quem é, mas ninguém o chama pelo nome. Ele é conhecido pelos apelidos de Boneco, Ceara e Tota, nomes que os amigos e clientes lhe colocaram e que são. António não liga, e gosta das brincadeiras "Isso é quem eu sou, eu construí isso, é a minha vida é o que eu sei fazer e tenho muito orgulho da minha profissão, gosto da rua e não saberia trabalhar em outro lugar". Diz António com um sorriso estampado no rosto.
Apesar das distância ele fala com a família uma vez na semana, e visita seus pais uma vez a cada dois anos. "Amo minha cidade natal mas hoje não sei se conseguiria voltar para lá, eu amo São Paulo, me fiz aqui". Conta António Seus horário são diversificados, depende das datas do mês, e dia de pagamento de seus clientes, por ser autônomo e trabalhar por conta própria António consegue ter espaço no dia a dia para mudar seus horários, é isso é uma das maiores vantagens, nos dias de lazer e gosta de curtir com a família, assistir o jogo do flamengo e jogar baralho com os amigos que construiu ao longo da vida, nada além disso o faz feliz.
Para o futuro espera saúde para poder continuar trabalhando na rua construir sua própria aposentadoria com mais casas para alugar e ver suas filhas criadas. "Nada me fará tão feliz, eu agradeço a Deus por tudo, todos os dias". Esse é o António o Ceara de Jacareí.


