Da beira de campo para uma sala na prefeitura

Ex-setorista do Esporte Clube Taubaté, e atual assessor da câmara de Pindamonhangaba, em um bate bola com o Vale Repórter

Com uma personalidade única e marcante, o jornalista; professor e assessor de imprensa Robson Monteiro, desdo ensino médio demostrava a facilidade para a escrita. Tanto que sua professora de português lhe sugeriu ser advogado, porém o pequeno menino não gostava da profissão.

Por Lucas Machado 

Professor Robson Monteiro comenta sobre suas
experiencias no jornalismo- Foto: Acom/UNITAU
Acabou se deixado leva por sua paixão pelo futebol e o Esporte Clube Taubaté, e ingressou na faculdade UNITAU no curso de jornalismo no ano de 1979. Desdo inicio do curso, esteve no mercado de trabalho, conseguiu um estágio na Rádio Difusora AM onde permaneceu por bastante tempo. Se formou no ano de 1983 e seguiu carreira no jornalismo esportivo, sendo setorista do clube de coração, e cobriu jogos fora do Vale do Paraíba para a Rádio Difusora AM de Taubaté. Trabalhou na TV Band Vale e ajudou na montagem da equipe de jornalista da TV Setorial de Pindamonhangaba junto com seu grande amigo, e também professor da UNITAU, Maurílio Láua.

Quais situações complicadas você encarou dentro de campo como repórter? 
A situação mais complicada que eu encarei foi quando o Taubaté jogou lá em Leme com o time da Lemence, que nos precisamos sair de camburão, a nossa equipe de esporte precisou sair de camburão, porque como eu falei um pouco antes, a gente tinha opinião, sempre tivemos opinião própria, eu pelo menos sempre tive opinião própria em relação ao futebol. E o Taubaté disputava uma vaga pra ir pra segunda fase do campeonato paulista naquela época, divisão A3 e o Taubaté tinha que empatar ou vencer o time da Lemence, e o Taubaté conseguiu fazer um bom jogo e nos criticamos o time da Lemence, muito fortemente porque o time do Lemence fez aqueles trabalhos extra campo jogar pó de mico no vestiário, soltar rojão no túnel, nos criticamos muito fortemente sim. E o técnico da Lemence tinha sido técnico do Taubaté, era um cara chamado Luiz Carlos ferreira o nome do técnico nos criticamos muito a postura do técnico e ele estimulou a torcida contra nossa equipe de esportes era eu, o Ariovaldo leite, o Reinaldo porto e o Gertulio Mendes era nos 4 e ai nos tivemos que sair de camburão porque ele começou a incentivar a rádio de leme que nos estávamos falando mal da cidade, mal do time ai tivemos que sair do campo com o apoio da policia militar pra irmos embora.

O jornalismo esportivo requer muita dedicação e emoção
 nas narrações.
Qual experiência foi mais marcante como jornalista?
A experiencia positiva para mim, marcante mesmo, foi uma final de campeonato que nós transmitimos lá no Rio de Janeiro, no Maracanã, Flamengo e Fluminense. Quando a dupla Washington e Assis, o casal vinte. o maracanã com 120 mil pessoas, e eles deram o título para o Fluminense. Foi o jogo mais importante da minha carreira, foi esse jogo. Fui repórter de campo nesse jogo, pela rádio difusora de Taubaté. Fomos fazer esse jogo, foi um jogo fantástico, porque fomos no sábado a noite, dormimos no Rio, no outro dia 8H da manha fomos para o estádio, montamos os equipamentos, ficamos lá. O jogo iriá começar as 17H da tarde, apuramos tudo, ficamos no vestiário, aquele esquenta que tem que fazer mesmo, transmitimos o jogo, acompanhamos a comemoração do Fluminense. VR: O salário pago a repórteres de campo e compatível com todo o esforço que ele faz? RM: Não, eles ganham muito mal, alias eles não ganham salario, eles ganham por jogo a gente chama de cache. O cache é um trabalho muito mal remunerado, pra você ter uma ideia um repórter que vai trabalhar num jogo que ele sai da casa dele as 8 da manha e só vai voltar as 10 horas da noite, ele vai ganhar naquele dia de trabalho no máximo 200 reais, é muito mal remunerado.

O jornalismo esportivo e um bom começo para o jornalista? 
Sim, isso nesse ponto ele vivencia muito as experiencias, experiencia de trabalhar de baixo de sol, sob chuva, em condições insalubres, enfrentar muitas vezes condições adversas, e não conseguir informação, ele tem que ser um cara muito bom para conseguir informação. Então o jornalismo esportivo da pra ele experiencia, conhecimento e da uma coisa que nenhuma faculdade ensina.

Por que trocou os gramados por um gabinete?
Foi uma opção, eu vou me aposentar daqui uns anos, eu adoraria voltar a fazer jornalismo esportivo, mas foi uma opção eu tive, tinha que optar. Eu fui repórter esportivo de 1983 a 1994, fui 11 anos repórter esportivo, eu andei pra onde você pode imaginar aqui no interior do estado, fui pra todas as cidades que você possa imaginar, já cobri campeonatos do interior de São Paulo , cobri no Morumbi, Pacaembu, maracanã, já fui no estádio do flamengo, transmiti um jogo na fonte nova, na Bahia. 

O que te incentiva a dar aulas ainda? 
Cara sabe que essa resposta eu não tenho, quando eu comecei a dar aula eu fui assistente de um professor chamado padre Sérgio Moreira, que foi diretor da rádio aparecida, aprendi muito com ele, mas o que me leva a vir dar aula, passar um pouco do meu conhecimento, talvez seja querer ver novos jornalistas surgindo.Sempre quis colocar profissionais competentes, com pensamentos diferentes.