O novo esporte que busca ascensão no país do Futebol

O Flag Football, como conhecido, chegou para trazer o Futebol Americano ao Brasil e as cidades do interior de São Paulo

Filho de Jair Ferreira e Regina Aparecida Pedroso Ferreira, Rafael Pedroso Ferreira nasceu para ser uma pessoa diferente dentro da nossa região. Apaixonado por esportes, principalmente o futebol, ajudou a abrir um caminho diferente no Vale do Paraíba.

Por: Renan Tomy
 Em meados de Fevereiro de 2010, se juntou com cinco amigos para jogar um futebol diferente, não aquele visto em copas do mundo, e sim um que se jogava no estilo americano. Pelo Orkut, se organizaram e com o tempo criaram o chamado Taubaté Big Donkeys, hoje o time com maior reconhecimento dentro da cidade e até do Vale do Paraíba.


Desconhecidos, treinavam em uma das chácaras de um dos membros para se divertir. Seis anos depois, viraram um time, ganharam estrutura, patrocínios, começaram a disputar campeonatos e com um remanescente: Rafael Pedroso Ferreira. Dedicado e apaixonado pelo grupo, buscou sempre mostrar o quanto o Flag Football pode fazer parte da vida de uma pessoa. Todos os domingos de manhã, o atleta amador entra nos gramados com uma coisa na cabeça: se divertir e ser feliz. Seu maior orgulho atualmente é ter feito parte de todo o crescimento que a equipe teve. Os Donkeys foram os pioneiros dentro do Vale, que conta, nos dias de hoje, com time de São José, Guaratinguetá, Cruzeiro e Mogi das Cruzes. Pedroso, como conhecido por seus colegas, acredita que tudo que os times têm como planejamento, foi baseado no Taubaté.

Em meio a tantas qualidades e defeitos, o mais destacável é sua vontade de querer que dê certo, junto com sua dedicação e seu interesse em sempre ajudar. Com tanto tempo de time, o jogador de 26 anos dedica uma grande parte da sua vida a equipe, destacando que existem amizades ali que serão levadas para sempre, além de não se imaginar fora desse ciclo.

A crescente que o esporte teve foi muito grande. Antigamente, na chácara onde treinavam, usavam panos para ser a flag. Flag é o equipamento que se usa no jogo, como se fosse uma bandeira que precisa ser retirada para parar a jogada. Bolas de Futebol Americano não existiam em sites para vender. Atualmente, o crescimento que o Brasil teve foi espetacular, e Pedroso se sente satisfeito de ter feito parte disso e ajudado. Igual ao futebol, infelizmente, acredita-se que o Futebol Americano não chegue a esse patamar nacional. Não consiga ir ao ponto de passar jogos em televisão aberta, de ter uma torcida de milhões de pessoas.

Competitivo, Rafael ainda sonha com o título paulista da APFA(Associação Pró-Futebol Americano). Pedroso conta que os burrões ganhavam experiência a cada ano que se passava. No primeiro, perderam todos os jogos. No segundo, chegaram aos playoffs, fase mata a mata da competição. No terceiro, chegaram final do Campeonato, mas ficaram em segundo. No quarto, teve a melhor campanha da temporada regular, mas repetiu o feito do ano anterior e conquistaram o vice-campeonato novamente. No quinto, em reestruturação, não chegaram a segunda fase. Em 2016, parece que vai ser diferente e vontade do título é almejado por todos os 40 jogadores do grupo.

Além de amizade, união e felicidade, a equipe trouxe vida nova para Pedroso na parte esportiva. Voltou a disputar competições, ter uma alimentação balanceável e ter o sentimento de vencer. Mesmo sendo um esporte amador, que você chega a tirar dinheiro do seu bolso para manter o time vivo, o prazer de estar ali levanta o nome da cidade. Ganhar reconhecimento foi difícil e, infelizmente, até hoje jogam com estádio vazio. Mas ganhar o campeonato Paulista, o mais importante, pois em São Paulo são os times que se encontram com mais estrutura, vai ser um grande passo na busca por mais reconhecimento e patrocínios.

Uma carreira profissional de muito luxo é o que todos buscam, e para Pedroso não é diferente. Carrega em si o medo de não ter sucesso profissional, mas tem na cabeça que com certeza pode chegar lá. Usa o Big Donkeys como um exemplo, devido a sua dedicação de deixar o time onde está. O maior ensinamento nestes anos é aprender a ter paciência, fazer tudo aos poucos e bem organizado que consegue chegar. Começou de baixo, e hoje muita gente vê o time de Taubaté como grande no Campeonato Paulista, o favorito ao título desta temporada.

Com todo esse tempo, aprendeu a lidar com muita coisa, principalmente por sempre estar na diretoria do time. Manter uma equipe amadora não é nada fácil e precisou passar por muita coisa para chegar onde está. Prever o futuro é impossível, mas uma coisa o atleta garante: o Big Donkeys não vai acabar. O Wide Receiver, recebedor, número 80, tem a certeza que sempre terão pessoas para jogar, mesmo que não seja um elenco qualificado. A cidade de Taubaté é apaixonada por esporte, não importa a modalidade.