Paixão pelo jornalismo investigativo gera desafios a Guilhermo Codazzi

Guilhermo Codazzi da Costa, editor-executivo do jornal diário “Gazeta de Taubaté” é jornalista com passagem pelos jornais “A Voz do Vale”, “Valeparaibano”, “O Vale”, “Bom Dia Taubaté” e “Bom Dia São José”. 

Por: Luiz Faria


Durante a infância brincava com os amigos, como a caça ao tesouro na Avenida do Povo (o qual no fim dos anos 80 era de barro). “Passávamos horas jogando bola na praça com nossos primos do Rio, que vinham nos visitar às vezes”, conta Júlio, irmão de Codazzi e repórter da Gazeta de Taubaté. 

Guilhermo estudou toda a vida no Colégio UNITAU, da 1ª série até o ensino médio. Repetiu a 6ª série em Matemática, o que considera 'um passo para trás para dois passos para a frente'. Na 5ª série considera como um primeiro contato com o jornalismo um trabalho de Geografia sobre o Vietnã, no qual fez um jornal sobre o assunto. Fazia caderno com toda a temporada do Corinthians, estatísticas de resultados. A decisão em seguir a carreira foi no 3º ano, quando estava em dúvida entre Arqueologia ou Jornalismo. 

No fim do 1º ano da faculdade, junto a dois amigos, foi fazer um estágio não remunerado na “A Voz do Vale” (por dois anos), onde tinha que preencher uma página inteira por dia. No início do último ano fez uma prova no concorrido estágio do jornal Valeparaibano. 

Como desafios profissionais cita a agressão na casa de jogos clandestinos (2009). O mais difícil foi o jornalismo investigativo, transformar a investigação em uma reportagem. “A sociedade precisa saber, era difícil, mas recompensador”, afirma Guilhermo. 

Considera como conquistas matérias que causaram mudanças, e de participar do nascimento de jornais (Bom Dia Taubaté, Bom Dia São José e Gazeta de Taubaté). Jornalismo diário é uma atividade que exige muito do profissional, “Jornalismo exige paixão, principalmente diário, não tem os melhores salários do mundo, vai perder feriados, fim de semana”. Chega sempre no mínimo três horas antes para ter uma pauta mais trabalhada e conversar com os repórteres. “O jornalismo, como disse Ricardo Kotscho, é 'um sacerdócio', ser jornalista 24 horas por dia. A redação é meu vício”, analisa Guilhermo. Quando atuava como repórter gostava do jornalismo investigativo. Existem dois caminhos para a notícia: pauta da redação para rua e vice-versa. “O ideal é da rua para a redação”. 

A alimentação da pauta é um esforço conjunto, com investigação dos repórteres. “O Guilhermo é um chefe calmo, esforçado e atencioso. Mesmo com a rotina de trabalho pesada, não hesita em dar todas as orientações possíveis para os repórteres”, analisa Caíque Toledo, repórter da Gazeta de Taubaté. “O Guilhermo é um tipo de editor-executivo, jornalista raro – calmo, mais fácil de trabalhar. Ele dá atenção tentando te ensinar, te mostra como deveria ser feito. Ele te ensina na prática”, diz Michelle Mendes, repórter da Gazeta de Taubaté. 

Codazzi lançou dois livros – um de poesia e outro de crônicas, e está escrevendo um terceiro livro de contos.

Confira nosso podcast em: http://agenciajodigital.blogspot.com.br/2015/04/paixao-pelo-jornalismo-investigativo_16.html