Famílias
vivem e se sustentam durante todo o ano com as receitas das nonas italianas
Taubaté
Maristela Claro
A festa
Italiana de Quiririm surgiu para comemorar os cem anos da imigração da
comunidade ao Brasil. Era uma espécie de quermesse, com um almoço de domingo
apenas. Mas a primeira edição fez tanto sucesso e caiu tanto no gosto popular
que outras edições que a festa só fez crescer, chegando ao que é hoje, 23 anos
depois.
Considerada
a maior colônia italiana do interior de São Paulo, Quiririm se destaca pela
gastronomia, preparada por famílias e imigrantes da Itállia, ponto forte da
festa. São pratos típicos deliciosos, que reproduzem as receitas originais
trazidas da Europa no século passado.
Nas
primeiras edições eram apenas três barraquinhas: uma que vendia polenta, outra
que vendia pizza e outra que vendia macarrão. E não davam mais que duzentas
pessoas. Barraca de doce nem existia. A organização não sabe mensurar a quantidade de comida produzida nos primeiros
anos de festa. Mas hoje os números podem impressionar: são 28 barracas de
comida, 24 de massas típicas e 4 de doces.
O
improviso dos avôs italianos que carregavam pratos e panelas em carrinhos de
mão entre as casas foi substituído por uma verdadeira estrutura de restaurante,
onde são montadas barracas com fogões e fornos indústrias, e equipe treinada.
Cada massa é vendida em uma porção individual, de cerca de meio quilo, na média
de 14 reais.
Cada
barraca representa uma família de Quiririm, e os pratos mais procurados são
lasanha, canelone, nhoque, pizza, pães diversos e marubin. Somando, apenas em
2012, 80 toneladas de massas.
Os doces mais requisitados são Palha italiana, canolli (canudo de massa folhada
recheada com creme), torta italiana (nata na massa e creme de baunilha),
tiramissu (café com queijo mascarponi), caçarola italiana (bombocado), que
apenas em uma barraca no último ano custaram o trabalho de dez pessoas dia e
noite por 40 dias.
Além das
tradicionais massas, a festa ainda reserva espaço para uma outra iguaria
italiana, a linguiça calabresa, que é a mais apimentada. Isso porque a
calabresa vem da região da Calábria, na Itália. Por lá, dizem que todo mundo é
bravo e parece que tem a ver com a pimenta. Nos últimos anos em apenas uma
barraca foram vendidos cerca de cinco toneladas de linguiça.
As
famílias, muitas que trabalham na festa desde a primeira edição, começam a
preparar o estoque de massa semanas antes do início da festa. Em muitos casos,
a massa e os molhos são produzidos em casa mesmo com o toque italiano passado
pelas gerações, e, em outros, até indústrias foram construídas, como a Fábrica
de Massas Quiririm.
De acordo
com a organização, a festa recebeu um público de 400 mil pessoas em 2012
(somando todos os dias), e a expectativa para o próximo ano é ainda mais
promissora. A festa de comunidade italiana reserva sempre uma extensa
programação, envolvendo apresentações de dança, eleição da corte da festa,
oficinas culturais, Desfile da Imigração Italiana e, claro, shows com muita
música italiana. Confira alguns sucessos do passado e do presente:
A data da próxima edição da Festa de Quiririm ainda
não foi confirmada, mas outros detalhes podem ser conferidos no site: www.festadequiririm.com.br
Após conhecer a culinária Italiana, descubra os mistérios da culinária oriental.
Após conhecer a culinária Italiana, descubra os mistérios da culinária oriental.

