Por Mayara Barbosa
Com a chegada da época das eleições, as cidades de todo o Brasil passam por um problema muito comum – o aumento da poluição.
Preocupados em conquistar o maior número de votos possíveis, os candidatos usam em suas campanhas artifícios, como carros de som, carreatas e comícios, que aumentam a poluição sonora, placas, cartazes e faixas, que contribuem para a poluição visual, e, como ferramenta mais utilizada, distribuem os famosos “santinhos”.
“Nas semanas próximas às eleições, fica praticamente impossível ver uma rua limpa. Acho uma incoerência que os políticos falem tanto em meio ambiente enquanto eles próprios são um dos poluidores”, protesta Ana Claudia de Almeida, 41 anos, promotora de vendas.
De acordo com o Embrapa, folhas de papel, como as usadas para propaganda política, demoram de 1 a 3 meses para se decomporem. E o que muitos esquecem é que todo esse lixo pode ocasionar em um dos piores problemas que o país tem enfrentado - as enchentes.
Para frear as espetacularização de muitas campanhas políticas, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral, órgãos responsáveis por fiscalizar a propaganda eleitoral, definiram algumas regras. No entanto, muitas práticas que prejudicam o meio ambiente e o bem-estar das pessoas ainda são utilizadas pelos candidatos.
“Na hora de votar, procuro sempre analisar como foi conduzida a campanha de cada candidato, especialmente nas questões de respeito ao meio ambiente. Acredito que a propaganda eleitoral na internet será um bom caminho para diminuir a poluição gerada no período”, destaca o estudante de engenharia, Everton Carlos da Silva, 21 anos.